Veja como foi o golpe aplicado pela falsa auditora da Receita Federal que foi presa na comunidade do Muquiço, em Deodoro, na última sexta-feira. A trama tem o apoio de traficantes de drogas da fação criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).
A vítima A.B.O relatou que, em 04/07/2024, por volta das 13 horas e 30 minutos, teria recebido contato telefônico de indivíduo que teria se identificado como Rafael Silva, através de seu telefone fixo;
O suspeito se passou por funcionário da Receita Federal do Brasil; tendo ele dito à vítima que o pagamento do imposto de renda dela não teria sido processado pela SRF, bem como que teria dito a ela que a prática de sonegação de impostos seria crime e que ele poderia determinar que a Polícia Federal fosse até a sua residência,
Tal indivíduo teria dito que determinaria a visita à casa da vítima de uma funcionária da Receita para que esta pudesse tirar fotografia dos documentos dela e dos cartões da vítima, para fins de atualização de cadastro junto ao órgão..
Logo em seguida, o indivíduo identificado como Rafael Silva teria pedido para a vítima efetuar diversos depósitos em contas bancárias diversas, nos valores de R$ 5.000,00 e R$2.000,00, para contas de titularidade de pessoas chamadas Yago e Stephany.
A vítima informou que teria efetuado os depósitos solicitados, visto que teria ficado com medo de ser presa. Ela também refere que o indivíduo identificado como Rafael Silva ainda teria perguntado se ela teria valores em moedas de euro e dólar em sua residência e, caso tivesse, deveria entregá-los à pessoa que iria até a sua casa., inicialmente identificada como Bruna Silva e, posteriormente, identificada como sendo Thaysa Christy Costa Silva.
Cerca de 1 hora e 30 minutos depois do telefonema, a falsa auditora chegou à residência da vítima, vindo a analisar em detalhes a declaração de imposto de renda da contribuinte, a analisar seus cartões de crédito e seus documentos pessoais, bem como teria dito que levaria consigo os cartões e documentos pessoais da vítima para tirar fotografia dos mesmos na SRF.
Quando a falsa auditora já estava na posse dos cartões e documentos pessoais da vítima, o indivíduo que teria se identificado como Rafael Silva voltou a telefonar para a vítima, tendo dito que esta deveria fornecer as senhas dos cartões para ele, vindo a custodiada a levar consigo R$ 40,00 da vítima, pois Rafael Silva teria dito à lesada que a comparsa precisava saber quanto de dinheiro a vítima tinha em sua residência.
A vítima ainda declarou que, logo após a falsa auditora ter saído de sua residência, começou a receber diversas notificações de compra em seu aparelho celular, vindo, então, a perceber que teria sido vítima de um golpe, cujo prejuízo financeiro foi de R$ 18.000,00.
Importa referir que Thaysa foi reconhecida pela vítima, em sede policial, como a suposta autora dos fatos em análise, conforme auto de reconheciment