Antes de se entregar no último domingo, o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, tinha sido preso pela última vez em 27 de outubro de 2015,
Já naquela época era acusado de integrar organização criminosa estabelecida no bairro de Paciência, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, e que, por anos, já vinha implantando estrutura de poder paralelo armado e esquema lucrativo de cobrança compulsória, extorsionária, de quantias em dinheiro, a título de “taxa de segurança” ou “arrego”.
Na data citada acima, Zinho estava na Rua Ernestina de Mattos, na localidade conhecida como “Três Pontes”, com comparsas.
Eles portavam a pistola da marca “Taurus”, calibre .40, número de série SHM 76989, de uso restrito das forças armadas, com dois carregadores contendo, no total, 27 munições de igual calibre, e (ii) a pistola da marca “Glock”, calibre .380, número de série BFX 169, com carregador contendo munições de igual calibre,
Na ocasião, policiais civis da DRACO, que realizavam operação de combate a grupos milicianos avistaram o automóvel da marca “Volkswagen”, modelo “Amarok”, de cor preta, placa KPI 5374 estacionado em frente a uma barbearia, e decidiram realizar a abordagem de seus ocupantes.
No interior do veículo, estavam dois comparsas de Zinho sendo um deles PM.
Eles disseram que faziam a “segurança” do proprietário do veículo, que estaria no interior da barbearia.
Zinho acabou sendo localizado dentro do estabelecimento.
Ele qconfirmou que os outros dois denunciados trabalhavam como seus “seguranças”.
Foi apreendida a vultosa quantia, em espécie, de R$2.490,00.
No interior do automóvel, foram apreendidos dois cadernos, um livro caixa e uma folha de livro caixa, contendo anotações manuscritas típicas de grupos de milicianos.
Na época, Zinho era sócio do seu irmão Carlinhos Três Pontes, então chefe máximo da milícia, em empresas engajadas em construção e terraplanagem, que seriam utilizadas para lavagem de dinheiro obtido ilicitamente pela milícia;
Foi arrecadado o documento de transferência de propriedade do automóvel supra mencionado, figurando, como compradora, “Macla Extração e Comércio de Saibro Ltda.
Zinho ficou preso entre os dias 27/10/2015 até 01/11/2015 e foi condenado em 2017 a 16 anos e 11 meses de cadeia.