Na última sexta-feira, uma funcionária de uma casa lotérica em Copacabana saiu do estabelecimento para comprar comida e quando retornou, percebeu que tinha um indivíduo dentro da loteria, na fila, que ele ficou a acompanhando com os olhos.
Ela disse que, quando se aproximou da porta de entrada da lotérica, esse indivíduo, Andrei Araújo Aguiar lhe empurrou a declarante pra dentro, entrou na área exclusiva dos funcionários.
A funcionária tentou empurrá-lo para fora mas Andrei forçou a porta e a agrediu com um soco na cabeça, outro soco no peito e um chute na costela;
A moça começou a gritar. Andre disse. “Não grita, é um assalto!. Se você gritar, vou te matar!.
O bandido mostrou uma granada para a declarante e ficou mexendo no pino, ameaçando puxá-lo a todo momento e explodir todo mundo.
Ele disse. “Estou com uma pistola na cintura” mas não chegou a mostrar a arma.
Depois, o suspeito falou. “Você apanhou porque estava gritando”.
A funcionária ficou apavorada quando viu a granada.
Andrei pegou uma cadeira, sentou no caixa da declarante e disse: ‘Atendam os clientes normalmente”.
Ele ficou esperando os clientes serem atendidos para arrecadar mais dinheiro;
A funcionária ficou debaixo da escada com intuito de apertar o alarme de segurança e o bandido falou, “Você está se movimentando muitoi, se fizer alguma gracinha, e vou explodir todo mundo”.
Andrei viu um montante de notas num compartimento do caixa, onde ficam as notas maiores, que ele pegou o dinheiro e colocou no bolso da bermuda;
Após pegar a quantia de 1.864,00 (mil oitocentos e sessenta e quatro reais), Andrei saiu correndo pela porta de entrada dos funcionários. A moça saiu atrás dele em seguida gritando. “Ladrão, ladrão”.
A polícia já estava no local. Dois PMs correram atrás de Andrei, e logo em seguida, a declarante ouviu um disparo e voltou para a loteria.
Ela soube que Andrei foi encaminhado para atendimento médico,
Um PM contou que foi abordado pela gerente da lotérica que informava que naquele exato momento estava ocorrendo um assalto em prejuízo de casa lotérica loca
PMs foram ao local quando se depararam com Andrei com uma granada em mãos. O elemento se encontrava com a granada em riste verbalizando ‘Se vier atrás de mim, eu vou explodir todo mundo”.
O bandido correu a pé em fuga em direção ao metrô estação Cardeal Arcoverde. Em todo instante, o declarante verbalizava ordem de parada em direção ao elemento.
Andrei corria em todo tempo com a granada em mãos expondo diversas pessoas ao risco iminente de detonação do explosivo. Buscando proteger a integridade de todos que por ali transitavam , o declarante desferiu dois disparos na direção dos pés do indivíduo, buscando neutralizar a ação de Andrei, porém o indivíduo não foi atingido.
O disparo foi feito com arma funcional do declarante, pistola Beretta, calibre 9mm.
O indivíduo prosseguiu em fuga chegando à rua Toneleros, subindo em uma moto contra a vontade do motorista, buscando privar sua liberdade.
Ele tentou fugir com a vítima R.M com a liberdade privada. Andrei foi interceptado na rua Tonelero, altura do número 76.
O declarante solicitou carona em uma motocicleta a fim de captuar o criminoso, já que o indivíduo empregava fuga em velocidade se distanciando da guarnição.
Logo a frente, o autor do fato desembarcou da moto em que mantinha a vítima R refém, se dirigiu à calçada e ameaçou o PM de explodir todo mundo, caso fosse preso.
Andrei, ao desembarcar da moto , se deslocou próximo à um muro, fazendo menção de que retiraria o pino da granada, detonando assim no local o artefato explosivo.
O PM, buscando evitar a detonação do material, desferiu um disparo atingindo Andrei na perna, que finalmente foi preso. O elemento caiu ao solo com a granada em mãos.
Andrei foi socorrido inicialmente à UPA de Copacabana e no Hospital Miguel Couto.
Após a prisão do indivíduo, o declarante identificou com as funcionárias da lotérica de que o elemento havia roubado à loja, no valor de R$ 1836,00 reais e ainda havia privado da liberdade da vítimas por mais de 15 minutos.
Uma idosa também foi baleada no fato mas isso não foi mencionado na Audiência de Custódia pelas testemunhas.
O bandido foi acusado de
i. com emprego de uma granada, utilizada para subjugar as vítimas e expor a vida de diversas outras pessoas;
ii. em local público e frequentado por diversas pessoas;
iii. mediante emprego de ameaças às vidas das vítimas;
iv. em detrimento de vítimas que se encontravam laborando;
v. em prejuízo a vítima do gênero feminino;
vi. através de restrição de liberdade da vítima, que ficou sob o jugo por longo lapso temporal;
vii. por meio de agressões físicas à vítima, consistentes em chute nas costelas e socos na cabeça e peito.