Apontado como o novo chefe na rua da maior milícia do Rio de Janeiro, Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito era, antes de Zinho, homem de extrema confiança do irmão dele, Ecko, igualmente exercendo a função de segurança pessoal do seu líder.
Para Ecko, praticava tarefas habituais, como cobrança por meio de extorsões da taxa de segurança e comercialização de itens autorizados pela milícia, e distribuição de cigarros contrabandeados e produtos pirateados, por exemplo.
Por ser homem de confiança de Ecko, lhe foi concedida a prerrogativa de gerenciar a distribuição e comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai nas localidades de Cosmos, Paciência, Santa Cruz e adjacências.
Pipito chegou a ser flagrado em conversas dizendo que era subordinado de Ecko. Suas localizações e conversações sempre ocorriam no interior da favela Três Pontes, precisamente na área conhecida como Sete de Abril.
O bandido foi agraciado pelo líder Ecko com a exploração de uma subárea, qual seja Urucânia e Sete de Abril, exercendo assim a coordenação direta das atividades exploradas pela organização criminosa.
Chegava a ser chamado de chefe por outros milicianos.
Havia diálogos em que Pipito mandava recolher dinheiro da venda dos cigarro.
Pipito foi preso em 2018. Na ocasião, portava duas pistolas, uma Taurus e outra Glock, dois carregadores 9 mm e 32 munições do mesmo calibre,
bem como recibos de entrega de valores, sendo todas essas anotações referentes à organização criminosa a qual o acusado é integrado.
Os agentes da DRACO estavam em diligência no Bairro de Santa Cruz, objetivando efetivar o Mandado de Prisão expedido em desfavor do acusado, foram checar a denúncia de um miliciano que estaria armado no endereço supracitado.
Ao chegarem ao local, os policiais cercaram a casa e chamaram pelo morador. Ato contínuo, ao avistar os policiais, o acusado empreendeu fuga, pulando os muros das casas vizinhas. Após perseguição os policiais conseguiram deter o acusado no endereço Estrada Cruz das Almas, nº 307.
Em seguida, os policiais retornaram à residência do acusado e perguntaram pela existência de armas, momento em que este levou a equipe até o quarto e apontou para a parte de cima do seu guarda-roupas, onde foi encontrado o material bélico e as anotações. Foi condenado a seis anos de prisão mas saiu da cadeia em 2020. Depois que Ecko morreu em 2021 e Zinho assumiu o comando da milícia, Pipito passou a exercer
a liderança da comunidade de Antares, em Santa Cruz;Com a morte de Matheus da Silva Rezende, o Teteus, então 02 da milícia, chegou-se a cogitar que Pipito assumiria o posto mas isso não foi confirmado.
Com a prisão de Zinho na véspera do Natal, assumiu o comando da milícia Jairo Caveira que durou pouco no poder já que acabou assassinado embora o corpo não tivesse sido encontrado até agora.
A morte de Jairo, segundo denúncias, teria sido um golpe de Pipito, para assumir o controle da maior milícia do Estado do Rio.
Com Pipito no comando, houve insatisfação entre os frentes, e os primeiros a racharem com ele foram os milicianos de Sepetiba.
Por conta disso, houve dois tiroteios no bairro e no último domingo, Sérgio Bomba, que liderava Sepetiba, acabou sendo morto em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes. Pipito seria o principal suspeito do crime.
Nas redes sociais, circulam boatos de que Pipito estaria abrindo a comunidade Antares para o Comando Vermelho, permitindo a venda de drogas mas dividindo os lucros. A milícia, no entanto, continuaria controlando as taxas cobradas dos moradores e comerciantes.
Um de seus soldados, vulgo Lobão, teria ido para o Complexo da Penha, segundo relatos.
Pipito responde a um homicídio na Justiça junto com Zinho e Boquinha, que era líder de Guaratiba. A vítima Vinicius foi executada porque praticava diversos furtos na localidade para manter o seu vício em drogas, e segundo apurado no inquérito, os denunciados e seus comparsas teriam ateado fogo em seu corpo em local conhecido como sendo utilizado pelos milicianos para essa finalidade.