Segundo a Justiça, um dos seis pacientes transplantados com órgãos provenientes de doadores com vírus HIV, que foi receptor de fígado, veio a óbito mas as causas ainda não foram esclarecidas.
De acordo com os autos, restou evidente o envolvimento do laboratório de Nova Iguaçu, que induziu a erro a equipe de médicos transplantadores, em razão de resultados de exames com “falsos-negativos” para sorologia de HIV.
O laboratório de análises clínicas PCS LAB Saleme foi contratado pela Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e vinculado à Secretaria de Estado de Saúde.
Ele teria induzido a erro a Equipe de Médicos Transplantadores que viabilizaram a transferência dos órgãos com a consequente contaminação dos pacientes transplantados com vírus da Aids.
Apurou-se, ainda, que dois resultados com “falsos-negativos” para sorologia de HIV foram assinados respectivamente pelo sócio-proprietário e por uma funcionária cuja formação ainda é desconhecida), havendo referências de que dados inseridos nos mencionados documentos seriam inidôneos tais como o cadastro desta última no Conselho Regional de Biomedicina.
A Polícia Civil instaurou o inquérito n.º 920-00335/2024, por diante de notícia veiculada em uma rádio carioca que trouxe à tona a contaminação de seis pacientes transplantados, com o vírus HIV, sendo certo que um deles, receptor de fígado, veio a óbito cujas causas ainda devem ser esclarecidas.
Foi apurado que a sede principal do laboratório envolvido nas fraudes está fechada e que, diante das falhas gravíssimas do referido laboratório, a Central Estadual de Transplantes terá que refazer exames em quase 300 receptores. Isso posto, DEFIRO o pedido de
A Justiça autorizou a quebra de sigilo de dados de eventuais aparelhos eletrônicos apreendidos, como mensagens, e-mails, conversas em aplicativos de bate-papo em tempo real ou não, da agenda e da análise das ligações efetuadas e recebidas, bem como de fotos, imagens, arquivos de vídeo ou áudio dos aparelhos apreendidos, podendo tal diligência ser realizada pelos próprios Policiais Civis / DECON que forem designados, do ICCE e da SSINTE-SEPOL responsáveis pela investigação.