Apontado como um dos chefes da milícia que atua na Taquara, em Jacarepaguá, Damião Juvino da Silva, preso desde fevereiro passado, foi condenado a uma reduzida pena de quatro anos de prisão em dezembro.
A condenação tem como base a sua última prisão em que ele e um comparsa foram flagrados com uma pistola calibre .9mm; dois carregadores calibre .9mm; 38 trinta munições calibre .9mm, além de material militar como uma capa de colete, uma calça camuflada, um cinto tático, uma balaclava e um distintivo de agente ambiental.
Na ocasião, policiais civis lotados na Delegacia de Homicídios da Capital receberam ligação anônima a respeito de Damião, com informações sobre uma reunião que estaria acontecendo entre ele e outros integrantes da milícia atuante no bairro da Taquara, na Rua Carlos Braga, nº 28, Condomínio dos Eucaliptos, inclusive com indivíduos armados no local.
De acordo com a Seção de Inteligência da referida Delegacia, Damião seria um dos líderes do grupo paramilitar, juntamente com o irmão, Erivaldo Juvino da Silva, vulgo “Nem”, em que exerciam o controle sobre as localidades da Malvina, Cabeça de Porco e Boiúna, no bairro da Taquara.
Consta ainda que existem imagens e relatos de testemunhas em que Damião aparecia com armas de fogo, como pistola e fuzil.
No dia dos fatos, com as informações coletada pela Delegacia, agentes de segurança se dirigiram até a rua e, ao chegar ao local, observaram o denunciado no segundo andar da residência, portando uma pistola de cor verde, com risco de atentar contra a equipe policial.
Os agentes imediatamente deram ordem para Damião largar o armamento, porém o denunciado jogou pela janela uma pistola, que veio a cair na piscina, além de um carregador de pistola e um aparelho celular que foi arremessado para o terreno situado ao lado da casa.
Diante da situação flagrancial, a guarnição entrou na residência e capturou o denunciado, conseguindo apreender todo o material acima descrito, inclusive o material tático semelhante ao utilizado pela equipe do Bope da Polícia Militar
Veja o depoimento de Damião:
que tinha capa e colete, balaclava, distintivo de agente ambiental, porque o depoente fez o curso de agente ambiental; que estava fazendo faculdade de gestão ambiental; que esse curso é feito na base de Itaguaí e na base de Campo Grande; que acha que o que os policiais fizeram foi abusivo; que, se tinha denúncia de que tinha gente armada na sua casa, por que os policiais não foram na portaria verificar as câmeras e falar com o porteiro; que não sabe de onde surgiu a arma; que Edvaldo é irmão do depoente; que já teve envolvimento com milícia e pagou por isso; que saiu de prisão em 2014; que ficou preso por cinco anos; que a milicia era Agamir, na área da Suburbana, Guarda, Cardim, Belém Belém, Palmeirinha; que seu irmão também tinha envolvimento com milícia nessa época e também ficou preso; que seu irmão saiu da cadeia primeiro que o depoente e logo em seguida o depoente saiu; que de 2014 para cá foi preso novamente por formação, mas foi absolvido; que nesse período tirou quase seis anos de cadeia; que veio num porte em 2016 e aí colocaram vários crimes, formação, homicídio; que veio respondendo e todos eles foi absolvido; que são vários processos e pagou um total de seis anos; que Ronaldo era o pedreiro; que antes desse dia ele já esteve na casa para ver o que precisava; que nunca viu os policiais; que os policiais estão fazendo investigação pela internet; que eles foram direto na casa do depoente atrás de um crime de homicídio; que eles não fizeram investigação; que trabalha; que tem três barracas e tem trailer; que uma é localizada na Rua Caituba 266, outra na Praça da Soca, uma barraca de chopp e umas barracas de camelô; que Ronaldo estava com um rapaz; que ouviu o tiro e se assustou