Um dos cinco presos na operação de hoje contra a milícia que agia na comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, vulgo Semente participava da milícia de Leleo e Macaquinho.
Apareceu em fotos empregando fuzil fazendo a segurança da região em posto de sentinela no alto da comunidade.
O grupo agia comunidades do Campinho, Fubá, Juca, Lemos de Brito, Bateu Mouche, Barão, Covanca, Jordão, Caixa D’água, Santa Maria, Teixeiras, Malvina, Curumau, Gardênia Azul, Curicica e Colônia, situadas nos bairros de Cascadura, Quintino e Jacarepaguá.
Os atos ilícitos praticados pelo grupo consistem na distribuição clandestina de sinal de TV a Cabo e de internet, em constrangimentos ilegais e extorsões contra moradores e comerciantes, agiotagem e comercialização de entorpecentes. Eles mantinham relação promíscua com agentes da segurança pública.
O bando também realizava a cobrança de “taxa de segurança”; “taxa de circulação” do transporte alternativo; ágio sobre a venda de imóveis, serviços básicos como coleta de lixo, fornecimento de luz e água. Negociam, ainda, a aquisição de armas e munições de uso restrito. materiais de construção, alimentos, água, botijões de gás; além de cobrança sobre.
Essa milícia se associou à facção criminosa autointitulada Terceiro Comando, passando a comercializar entorpecentes nas comunidades originando o fenômeno popularmente conhecido como narcomilícia;
Os criminosos promoviam o patrulhamento armado das comunidades, por meio do qual mantêm o controle geográfico, bélico, financeiro e logístico das regiões, rechaçando qualquer tentativa de invasão das localidades, seja por milicianos ou traficantes de drogas integrantes de grupos criminosos rivais, além de buscarem transmitir falsa sensação de segurança para a população local, sob cujo pretexto é realizada a cobrança da malfadada “taxa de segurança”.
Semente, Moral, Novinho e Matheus eram cobradores da organização, a quem cabe o recolhimento de todas as taxas ilícitas exigidas de moradores e comerciantes das localidades.
Jiobia, Bruninho BR, Baby, PQD eram os soldados, ou seja, seguranças armados da organização, responsáveis pelo controle territorial das comunidades. Ostentam fuzis e pistolas e outros objetos militares, tais como como coletes, algemas e balaclavas.
PQD ainda era o responsável pela negociação de armas e munições adquiridas pela organização.
ITAGUAI E MANGARATIBA
Outro preso na operação de hoje, vulgo DG, chegou a ser denunciado por integrar ao grupo paramilitar que atuava em Itaguaí e tinha ligação com o grupo de Ecko, Zinho e Carlinhos Três Pontes.
DG tinha como função ampliar os “domínios” da quadrilha em Mangaratiba partir dos distritos de Itacuruçá
e Muriqui. Acabou absolvido da acusação.
O grupo atuava nas localidades de Ponte Preta, Santana, Vila Margarida, Mangueira, Teixeiras, Itimirim, Vila Geny, Coroa Grande, Mazomba, Ibirapitanga, Sase e Chaperó, além de incursionarem para extorsões em municípios limítrofes, como Mangaratiba e PiraÍ.
SÃO GONÇALO
Outro preso, de vulgo Russo ou Xuxa, foi réu em um processo que julgou uma milícia que agia em São Gonçalo.
O grupo atuava nos bairros do Gradim, Porto Velho, Porto Novo, Engenho Pequeno, Boa Vista e arredores.
Ele gozava da confiança do chefe do grupo que o designou para matar dois outros integrantes da quadrilha que assumiram a segurança do comércio com a prisão de um paramilitar.
Era articulado também com outras milícias, incluindo a de Nilópolis.
Atuava na cobrança de taxas, assassinatos e agiotagem.