Traficantes do Conjunto ipase exploravam ilegalmente o serviço de internet em Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio.
A Polícia Civil fez uma ação no local hoje.
Os agentes apreenderam diversos equipamentos furtados de concessionárias.
Todo o material passará por perícia para identificar a origem e os envolvidos no esquema, incluindo fornecedores, financiadores e distribuidores dos equipamentos roubados.
Quatro funcionários do provedor ilegal de internet foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos. O responsável pelo provedor não estava no local e responderá pelo crime de receptação qualificada.
Segundo a policia, a operação evidencia uma tendência alarmante: organizações criminosas estão ampliando sua atuação além do tráfico de drogas, invadindo serviços essenciais como internet, energia, água e gás.
Esse modelo de exploração já movimenta grandes quantias de dinheiro, sendo usado para financiar conflitos entre facções e a conquista de novos territórios.
As facções impõem monopólios sobre esses serviços, afastando empresas regulares, barrando a entrada de qualquer concorrência e extorquindo os moradores com cobranças ilegais.
Dessa forma, garantem não apenas altos lucros, mas também maior controle social sobre a comunidade, fortalecendo sua estrutura e ampliando seu poder de confronto contra rivais e forças de segurança.
A exploração ilegal de serviços essenciais por facções criminosas não só gera lucros significativos, como também fortalece seu domínio sobre áreas inteiras. Com o controle desses serviços, os criminosos conseguem:
• Imposição de taxas aos moradores, gerando receita para financiar armas, drogas e a expansão de seu território
• Utilização da infraestrutura para fortalecer as comunicações internas do tráfico, dificultando ações policiais
• Criação de dependência da população, que se vê forçada a colaborar com as facções
• Expulsão de empresas legítimas, enfraquecendo a presença do Estado nas regiões dominadas pelo crime
Esse modelo já se espalhou por várias comunidades do Rio de Janeiro e de outras partes do país, criando um sistema altamente rentável que sustenta a perpetuação do crime organizado.
FONTE: Polícia Civil do Rio de Janeiro