O traficante vulgo Flamengo tomou o controle dos condomínios Volterra, Rotonda, Parma, Padua e Bolzano e passou a a cobrar a taxa do condomínio no valor de R$120,00.
Um morador foi expulso junto com sua família e foi torturado pelos bandidos que são ligados ao Terceiro Comando Puro (TCP)
Ele teve sua moto incendiada pelos criminosos e decidiu se mudar mas os traficantes flagraram ele realizando a mudança e perguntaram. “Vocês estão fugindo de que?”
Os criminosos começaram a revistar a família e pegaram R$ 1.000 de uma das vítimas. além dos celulares de todos.
Enquanto a família colocava os pertences no caminhão para deixar a localidade, o traficante vulgo Índio voltou com pedaço de madeira na mão, junto com outros elementos, dizendo que o declarante era “X9”.
Começou então uma sessão de tortura. Os bandidos bateram nas costas da vítima com pedaço de madeira e ainda utilizaram uma ferramenta conhecida como martelo para bater em seus joelhos.
A esposa e a filha correram correram para não deixar o declarante apanhar mas foram agredidas com pauladas, socos e chutes.
O rapaz teve seu braço esquerdo quebrado e sua filha teve os dedos da mão esquerda quebrada.
As vítimas reconheceram Índio, Gordão, Vaguinho da Água e Loira.
Índio era o mais agressivo e que desferiu os golpes com madeira que possivelmente quebrou o braço de uma das vítimas.
Depois da surra, os bandidos mandaram a família ‘ralar’ do local.
A esposa havia ganhou apartamento em um sorteio da Caixa Econômica pagando um valor mensal.
A filha que residia em outro apartamento também foi expulsa, assim como cunhada.
O síndico de um dos prédios disse que são obrigados a dar R$ 10 mil a traficantes da taxa dos moradores, que é de R$ 120 de cada um.
Flamengo determinou ainda o valor mensal de R$ 3.000 para uma empresa que realizava entregas de produtos da Casas Bahia e que cobria a área de Vila Santo Antônio, Pantanal, Pilar, São Bento. Do contrário, não poderia fazer entregas na região. A empresa barganhou e conseguiu reduzir o valor para R$ 1.000 mais dez cestas básicas.
Houve outro caso que uma transportadora iria realizar entregas na comunidade do Pantanal e teve mercadorias roubadas no condomínio Pádua e um dos criminosos queria fazer um acerto: falou que teriam que pagar R$ 6.000,00 por mês para poder fazer entregas na região do Pantanal.
A vítima disse que não haveria essa possibilidade, pois seria uma quantia muito elevada e que somente poderia pagar o valor de R$ 1.000,00 por mês.
O indivíduo disse que falaria com o chefe e após retornaria a ligação. Após alguns minutos, o suspeito ligou e disse que o chefe
mandou deixar pelo valor de R$ 4.000,00.
O declarante disse que não teria condições de pagar o valor proposto e poderia chegar no máximo ao valor de R$ 1.500,00. Pouco depois, o bandido disse que seu chefe mandou fechar no valor de R$ 2.000 por mês e houve o acordo.
Um mês o valor de R$ 2.000 ia para o traficante Flamengo e no outro para o Corinthians.
Pouco depois, os traficantes disseram que o valor seria de R$ 4.000, sendo metade para cada líder.
A empresa que não concordava em pagar o “arrego” tinha as cargas roubadas.
Em um dos roubos, um traficante explicou em ligação telefônica, na frente do motorista e seus ajudantes, ao chefe o que tinha no interior do baú, e foi dada a ordem de roubar tudo que tinha e só liberar o caminhão e os telefones celulares das vítimas.
O motorista e seus colegas foram foram obrigados a transbordar a carga para o caminhão dos bandidos. Como o veículo era menor, foram realizadas duas viagens para fora do condomínio. Vários homens participaram do roubo, e alguns deles armados.
Homicídios
Os bandidos também cometiam homicídios. Um deles, a mando de Flamengo, matou um miliciano conhecido como Bruxo como forma de premiação pois antes era segurança de boca de fumo e agora virou gerente.
Um outro membro da quadrilha disse que matou o Tiago, o Lango, o Jagunço, o Viado.
“A ordem é na direção pra matar. Matei pra caralho ele nessa porra”
Membros respondem pelos homicídios de Maurício Gaspar Mello de Souza, o Zoi, e Ademir Martins dos Santos, o Buiu.