Dois traficantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) de Campos dos Goytacazes vão a júri popular pelo homicídio de um policial militar reformado ocorrido no ano passado. O crime foi encomendado de dentro de um presídio.
A vítima foi Sandro Jeovan Rangel da Silva, assassinado em abril de 2023 por ter batido de frente com o tráfico na localidade de Baixa Grande.
O PM estava na frente da sua casa quando foi surpreendido pelos dois acusados que estavam de tocaia perto da residência aguardando a sua chegada.
Na ocasião, FL estava na condução da motocicleta, e o comparsa no carona.
O segundo desceu e efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima, ceifando a sua vida e fugindo do local.
Um outro bandido, vulgo Jean do Grau emprestou a sua motocicleta Honda Titan para os assassinos evadirem do local e despistarem a polícia logo após o homicídio. Ele também guardou a arma do crime.
O bandido vulgo Peixe, chefe do tráfico de drogas de Baixa Grande, que ordenou, de dentro do presídio, a morte da vítima, em razão do recente desentendimento de Sandro com o tráfico de drogas em virtude de os criminosos terem instalado uma “boca de fumo” em frente à residência da vítima, fato esse que teria sido a motivação do crime em tela.
Mas somente FL e o comparsa que atirou vão a júri popular.
Peixe controlava o crime de dentro da cadeia. Jean era seu braço-direito sendo este o responsável pela compra, venda e guarda das armas do tráfico.
Jean é caçador e inclusive tem Certificado de Registro para Caçador, Atirador e Competidor (CAC) aprovado em 28/12/2022, porém foram encontradas diversas negociações e conversas em que ele compra e vende armas de fogo, comprovando que ele, não só guarda as armas, mas também negocia armas para si e para a facção, já que possui facilidade para compra de munições.
FL e o comparsa que atirou no PM exercem a função de soldados do tráfico (matadores), recrutados para execução dos homicídios ordenados por Peixe.
Eles são apontados como autores de diversos outros homicídios ocorridos na localidade de Baixa Grande e adjacências.
A mulher de Sandro disse que o marido nunca foi ameaçado, pelo menos não que tenha falado a ela. Não sabia dizer se Sandro foi falar algo com o traficante.
Contou que o cunhado, que era muito amigo do marido, foi executado pelo tráfico;
O cunhado dela não queria o pessoal do tráfico na pista do Laço; que tacaram fogo no sitio do meu cunhado; que o Sandro sabia dessas coisas.