Traficantes de drogas do Jardim Paraíso, em Nova Iguaçu capturavam fugitivos de uma casa de tratamento que eram mantidas em cárcere privado e as devolviam para o local.
Algumas das vítimas relataram ter sofrido agressões por tentarem fugir, e eram amarradas e torturadas.
Os internados também eram submetidos a maus-tratos uma vez que o local apresentava péssimas condições de higiene em ambiente desumano, com a presença de fezes e urina pelo chão, insetos como percevejos e carrapatos, além de instalações elétricas expostas e ausência de iluminação nos quartos.
Os internados não recebiam tratamentos médicos necessários e muitos relatavam passar fome no local, com a saúde e a vida expostos a risco, e ainda sofriam violência física, conforme laudos de integridade física.
Não havia refeitório nem utensílios individuais para alimentação, constando poucos alimentos na geladeira, e em estado precário de higiene. Os banheiros apresentavam extrema sujeita, os quartos estavam em desordem, com roupas de cama imundas e falta de iluminação e limpeza. A área externa possuía água parada em piscina com aspecto de contaminação. Os remédios eram armazenados de forma imprópria, retirados das caixas e sem qualquer controle de acesso. Tudo representado por fotografias e vídeos em anexo.
Quanto ao estado dos internos, muitos apresentaram agitação motora, outros estavam em estado letárgico parecendo ter sido dopados e em confusão mental. Muitos internos tinham higiene precária com fezes e urina nas próprias roupas sem asseio básico.
Além de agressões físicas, os internados relataram que eram ameaçados, inclusive com armas de fogo, e sofriam uma ronda noturna, onde indivíduo conhecido por Nome”circulava nos ambientes armado para impedir fugas, contando ainda com ajuda de um segurança noturno conhecido como Vagner.
Havia ainda no local um” quarto do castigo “com circunstâncias ainda mais degradantes e até sem iluminação, confirmando o intenso sofrimento físico e mental a que eram submetidos os internos.