Preso este ano, o traficante Bruno Morrão, vinculado ao Terceiro Comando Puro, acessava depoimentos veiculados em investigações e processos judiciais, chegando a contactar as testemunhas, ameaçando-as de morte e coagindo-as a manifestarem-se em favor dele e de seus aliados.
Ele era o principal responsável pela remessa de material entorpecente da Vila Aliança, no Rio de Janeiro, local onde se encontrava escondido, até as localidades do interior de Teresópolis, mais precisamente Vargem Grande, sede de dominância da facção criminosa autointitulada “Terceiro Comando Puro”.
Com efeito, conforme informações constantes do Inquérito Policial de nº 110- 06470/2024, mencionado no procedimento investigatório em epígrafe, o investigado ocupa posição de liderança do narcotráfico, mantendo-se ativo nas frequentes remessas de drogas que abastecem a mercancia de diversas regiões da cidade de Teresópolis.
O traficante Bruno Morrão” vangloriava-sse pela imensa quantidade de drogas que estaria encaminhando da Vila Aliança até Teresópolis, além de exibir arma de fogo, o que diz muito sobre uma personalidade violenta e sobre sua imersão na vida criminosa.
Bruno possui extensa ficha criminal, na qual se verificam crimes como porte ilegal de armas, ameaça a policiais militares, tráfico de drogas, associação ao tráfico e homicídios. Neste particular, foram juntados aos autos depoimentos dos policiais militares nos quais ambos narraram sofrerem ameaças de mortes direcionadas a eles e suas famílias, praticadas pelo investigado Bruno.
No dia 13 de setembro último, o cumprimento de mandados de busca e apreensão, culminou com a apreensão de duas armas de fogo, certa quantidade de drogas e munições, além de um caderno de anotações contendo informações de contabilidade do tráfico, localizados em poder de aliados de Bruno Sequeira.
Ocorre que, após este episódio, o investigado atribuiu a um sargento da Pm responsabilidade pelos prejuízos causados à malta, tendo, então, intensificado as ameaças contra o policial, através de mensagens enviadas pelo seu celular, todas fazendo referência a estarem monitorando a rotina do militar e de seus familiares e ao plano de matá-los por estar ele atuando contra os interesses da facção criminosa.
Há o depoimento de um outro policial , relatando que recebeu informações de um colaborador dando conta de que” Bruno Morrão”teria lhe feito uma propostaelevada quantia para conseguir o endereço residencial do colega de farda , dizendo que o investigado planejava matá-lo, bem como sua esposa e sua filha, como forma de represália pelas subsequentes ações policiais contra seus aliados.
O bandido ordenava execuções através de seus aliados. Na comunidade, o investigado ainda teria ampliado suas alianças, tomando papel de destaque no núcleo do “Terceiro Comando Puro”, ao lado de lideranças conhecidas como “Chaveirinho e”MK”.