O traficante vulgo 22, um dos líderes do Comando Vermelho na cidade de Mesquita, pegou uma irrisória pena de dois anos e oito meses de prisão em um processo que o julgou por acusação de pagar propina a policial militar.
A ação penal, de 2019, teve sentença em abril deste ano. Mesmo preso, o criminoso foi flagrado fazendo as negociações.
Áudios flagaram 22 falando com uma pessoa que era para separar uma quantia em dinheiro para pagar um PM citando onde o policial residia, qual batalhão trabalhava e para qual batalhão foi transferido.
Em outras ligações também foram citados outros policiais, bem como as quantias que eram separadas para cada um deles.
Nas ligações, ficou claro que os policiais aceitavam propina.
22 determinou, por exemplo, o pagamento da quantia de R$2.000,00 ao policial militar vulgo “Neném”, a fim de que pudesse exercer livremente as atividades de tráfico de drogas na região, sem que fosse reprimido pela força policial.
Esse agente foi denunciado perante a auditoria da justiça militar, incursos no crime de corrupção passiva.
22 dizia que “para eles (policiais) deixarem todas as firmas tranquilas (…) irá pagar o arrego de duas semanas para que possam trabalhar tranquilos”.
Apurou-se que os valores variavam entre R$ 2.000,00 a R$ 25.000,00.
O acusado chegou a pensar no pagamento de uma quantia mensal e ainda acorda o pagamento de de R$ 3.000,00 semanais a policiais lotados no GAT.
O grupo também praticava roubos e homicídios na localidade. Para que a prática das atividades ilícitas desempenhadas pelo bando fosse tolerada, o denunciado contava com apoio de policiais militares lotados no batalhão correspondente à localidade mediante pagamento de espúria quantia semanal aos agentes
FONTE: Site oficial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro