A Justiça decretou mais uma vez a prisão preventiva do traficante BMW por outro homicídio. O bandido é suspeito das mortes de três médicos na Barra da Tijuca em outubro passado.
Nesta nova denúncia, BMW e outros cinco são acusados de assassinato_ vulgos Beiça, Maxsão, Fael, Negão, além de Diego.
O crime em questão ocorreu na madrugada de 23 de agosto de 2023, por volta de 04h, no imóvel situado na Rua do Contorno, nº 09, fundos, comunidade da Cascatinha, em Vargem Grande e contou também com a participação de um adolescente.
Todos são suspeitos de matar a tiros Silvano Divino Coutinho. A vítima faleceu em consequência dos “ferimentos no tórax e abdome, com hemorragia interna”,
Consta nas investigações, que, meses antes de sua morte, Silvano Divino se desentendera com um homem não suficientemente identificado, vinculado à organização criminosa autointitulada Comando Vermelho, cujos integrantes se associaram ao grupo denominado “Tropa do Zinho”, constituído em forma de milícia, para rechaçar os constantes ataques encetados por traficantes do Terceiro Comando Puro – TCP, que tinham por objetivo a expansão territorial da horda.
Por conta do entrevero, Hugão teria jurado vingança e prometido matar Silvano.
Relata ainda a peça acusatória que em momentos antes do crime doloso contra a vida , os denunciados chegaram à comunidade da Cascatinha em três veículos, exibindo armamento de guerra, e invadiram algumas residências à procura de armas e drogas. Logo em seguida, os autores exigiram que um morador de uma das casas invadidas, os acompanhasse até a residência de Silvano Divino.
Lá chegando, Fael e Beiça arrombaram o portão do imóvel e determinaram a entrada do adolescente infrator que perseguiu a vítima até o banheiro da residência e a executou sumariamente.
As diligências procedidas pela Delegacia de Homicídios identificaram a conduta que cada um dos denunciados, dolosamente, teriam praticado para a consecução de minucioso plano criminoso adredemente elaborado.
Segundo o MP, o menor infrator foi o autor dos disparos que ceifaram a vida de Silvano Divino.
Fael Maverick líder do tráfico na comunidade Cascatinha, amigo de Hugão, orquestrou o ataque à vítima e coordenou, in loco, a ação dos demais denunciados, entre eles Beiça, seu braço-direito que arrombou o portão da residência da vítima.
BMW guarneceu o perímetro para assegurar a consumação do homicídio enquanto Maxsão, Negão ou Preto Fosco e Diogo
atuaram como “braço armado” do líder, realizando sua segurança e dos demais comparsas.
Os denunciados, impulsionados pelo abjeto sentimento de vingança nutrido por desentendimento anterior entre a vítima e um integrante da organização criminosa, agiram por motivo torpe.
Atacando de forma repentina, em grande vantagem numérica e surpreendendo a vítima durante a madrugada no interior de sua residência, os denunciados se valeram de modo de execução delitiva que impossibilitou qualquer chance de defesa.
Restou também apurado que os denunciados, sempre empunhando fuzis e pistolas, dolosamente, em comunhão de ações e desígnios, subtraíram objetos pertencentes aos moradores dos imóveis por eles invadidos como notebooks, celulares, caixa de som, perfumes, relógios e outras joias.
A esposa e o filho da vítima tiveram surrupiados um aparelho Samsung M53 e um iPhone XR, bens minuciosamente descritos nos termos de declarações das vítimas.