A comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, que abrigava uma milícia que é alvo hoje de uma operação do Ministério Público Estadual foi comandada pelo miliciano Lica que teve, anos atrás, o território invadido pelos milicianos Macaquinho e Horácio.
Ao ser preso, Lica foi acusado de ter se juntado ao Comando Vermelho para tentar retomar seus territórios do bando de milicianos rivais. Lica confirmou que realmente participava da milícia da Praça Seca e que fora convidado para participar de uma reunião com diversos traficantes do Comando Vermelho, cuja proposta seria invadir os locais dominados pela milícia na região, com a promessa de que no final desta empreitada seus territórios, tomados pela milícia rival, seriam devolvidos.
O preso afirmou ter declinado do convite de se aliar aos traficantes do Comando Vermelho, temendo ser morto.
Macaquinho e Horácio chegaram a dominar a Bateau Mouche durante um tempo.
O frente era Pezão e, com sua prisão, Soldado assumiu o cargo. Horácio foi morto em Búzios no ano passado.
Posteriormente, depois de intensas guerras no bairro, o grupo intitulado Bonde do Parma, comandado pelo já falecido traficante Paulo Muleta ligado ao CV tomou o controle da comunidade.
A guerra entre milicianos e traficantes na região começou em 2013 quando a Bateau Mouche era comandada pelo traficante Tiquinho e foi invadida pelos paramilitares. O tráfico retomou em 2014.
Antes disso, a comunidade chegou a ser comanda por traficantes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), ação que tinha entre seus seus cabeças, Leandro Nunes Botelho, o Scooby, atual chefão do tráfico no Morro dos Macacos, em Vila Isabel.