Um relatório da Justiça aponta que toda essa guerra envolvendo milicianos no Rio de Janeiro se originou a partir do racha no maior grupo paramilitar do Estado (o Bonde do Zinho) e a aproximação das quadrilhas com facções do tráfico.
As disputas envolveram desde o ano passado dissidentes do Bonde do Zinho como André Boto, Playboy da Curicica, Boquinha nos bairros de Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes, Vargens (Grande e Pequena) e Guaratiba, além de Tubarão, Juninho Varão e Nanan ou Malvadão na Baixada Fluminense e Santa Cruz. Alguns destes já estão mortos.
Muitos deles fizeram alianças com o Terceiro Comando Puro (TCP) enquanto Zinho chegou a se aproximar do Comando Vermelho mas já desfez o pacto.
Os dissidentes formaram um consórcio com o desejo em comum de realizar oposição a Zinho. Há algumas semanas chegou a ser cogitada uma reaproximação entre os grupos para enfrentar o CV mas até agora isso não foi para a frente,
Quem poderia estar por trás desta guerra também é o miliciano Latrell, que foi seu braço direito até pouco antes de ser preso.
A milícia comandada por Zinho é resultado de uma forte política expansionista que teve início quando a “Família Braga” assumiu o comando da antes chamada “Liga da Justiça” e criou um novo grupo paramilitar, que agora se chama “A Firma”.