A prisão do traficante sergipano vulgo Hamster no Complexo da Maré no dia 23/03/2023, em operação conjunta da Polícia Civil de Sergipe e do Rio de Janeiro foi possível perceber um vasto esquema de envio de armas, drogas e munições para o estado nordestino, bem como ordens para o cometimento de homicídios.
A trama já ocorria pelo menos desde 2021 quando uma mulher foi presa em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e pelo porte de grande quantidade de munições e acessórios bélicos de uso proibido ou restrito. Na ocasião, ela declarou em seu interrogatório que retornava do Rio de Janeiro com o material bélico e com as drogas.
Entre o material, estavam oito seletores de rajada, 200 munições de calibre 5,56 mm, 1250 munições de calibre 9 mm e 99 munições de calibre .223.
No que tange aos seletores de rajada, são objetos acoplados em armas da marca Glock, as quais são de alto padrão e elevado valor, comumente utilizados por traficantes cariocas.
Hamster teria movimentado mais de três milhões de reais no tráfico de drogas em 2022, no Rio de Janeiro, Paraíba e Amazonas para branquear o capital obtido com o comércio de entorpecentes,
Ele se utilizava de nomes falsos em transações financeiras a fim de não ser identificado com seu verdadeiro nome.
Quando foi preso na Favela Parque União (CV), Hamster dispunha de segurança armada, demostrando seu alto nível hierárquico na organização criminosa que faz parte, bem como seu alto grau de periculosidade.