A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o sócio do laboratório de análises clínicas, com sede em Nova Iguaçu, envolvido no transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes.
.As investigações foram conduzidas pela Delegacia do Consumidor (Decon) e indicam que os laudos, falsificados por um grupo criminoso, foram utilizados pelas equipes médicas, que foram induzidas ao erro e acarretou na contaminação dos pacientes
O Ministério Público já havia aberto inquérito civil para apurar as irregularidades no programa de transplantes do Estado do Rio de Janeiro.
O MPRJ requereu que a Secretaria de Estado de Saúde envie, no prazo de 15 dias, a cópia do laudo de inspeção da Vigilância Estadual de Saúde no Laboratório de Patologia Clínica Doutor Saleme – PCS que ensejou a suspensão de suas atividades, bem como das sindicâncias instauradas a partir das notificações dos eventos adversos de contaminação dos transplantados, devido a resultados falso-positivos emitidos pelo laboratório. E que a ANVISA também forneça, no prazo de 15 dias, a cópia do laudo de vistoria no laboratório.
O MPRJ ressalta que o procedimento está sob sigilo, em razão do envolvimento de dados sensíveis dos pacientes. E que está à disposição para ouvir as famílias afetadas, receber denúncias de quem se sentir lesado e prestar atendimento individualizado às partes envolvidas. As denúncias podem ser encaminhadas à Ouvidoria por Formulário (https://www.mprj.mp.br/comunicacao/ouvidoria/formulario) ou pelo telefone 127.
Improbidade administrativa
A respeito das notícias de que o Laboratório de Patologia Clínica Doutor Saleme – PCS é de prima do ex-secretário de Saúde do Estado, doutor Luizinho, o MPRJ informa que irá investigar a contratação em questão, encaminhando o caso para os promotores de Justiça de Cidadania. A investigação abarcará a análise do dano pelo serviço não prestado adequadamente e possíveis irregularidades na licitação, em decorrência dos vínculos mencionados.