Relatório da Polícia Civil revela a participação de cada um dos envolvidos no assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, encontrado morto em sua residência no Engenho Novo. A polícia indiciou seis pessoas suspeitas de participação no caso.
Segundo a investigação, teria ocorrido na noite de 17/05/2024, devido à ingestão de Morfina e Clonazepam
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A namorada dele, Júlia Andrade Cathermol Pimenta e a cigana Suyany Breschak teriam planejado, preparado e causado intencionalmente a morte ministrando-lhe insidiosamente quantidade fatal dos medicamentos Dimorf 30mg e Clonazepan, moída e misturada com um alimento achocolatado, preparado e servido à vítima por Júlia.
A motivação do crime teria sido torpe,: Júlia e Suyany pretenderiam formalizar a condição da primeira enquanto compossuidora dos bens da vítima, para, após a morte desta, apropriarem-se dos referidos bens, o que, inclusive, teria efetivamente ocorrido de forma indevida em relação a alguns deles.
Júlia etava”correndo” atrás da união estável, mas que o próprio empresário não estava querendo agilizar a união.
Júlia e Suyany, após o crime, teriam comparecido ao 1º Ofício de Notas e Registros de Imóveis de São Pedro da Aldeia, no dia 21/05/2024, e levado a registro um contrato de compra e venda, no qual a primeira transfere a propriedade do automóvel da vítima para a segunda, com todas as especificações reais.
Júlia teria se apropriado indevidamente do automóvel, duas pistolas, computadores, aparelho telefônico, aparelho de ar-condicionado, possivelmente relógios e outras joias, que integravam o patrimônio da vítima, se dirigido com os referidos bens ao município de
Araruama, onde os teria entregado a cigana , para que os referidos bens fossem vendidos,
A cigana Suyany deu instrução a Julia sobre o método a ser usado no homicídio de Luiz Marcelo. Ela perguntou para uma pessoa sabia onde comprar remédio tarja preta e seus efeitos […] testemunhou contato de Julia com Suyany, via audio de Whatsapp; QUE chegou a ouvir Julia dizendo: “Ta dormindo, grogue […] o fato foi uma empreitada combinada previamente entre Julia e Suyany.
Essa testemunha viu as duas moendo comprimidos de medicamentos e acondicionando-os em pequenos sacos plásticos, “tipo sacolé.
Suyanny disse que Julia detalhou o fato da morte de Luiz Marcelo, dizendo que tinha feito dois brigadeirões e um deles continha 50 comprimidos moídos de Dimorf de 30mg, ingerido por Luiz e o outro a própria Julia teria consumido, sem medicação,
Segundo ela, Júlia narrou ainda com detalhes que Luis Marcelo começou a respirar de maneira ofegante, fez um barulho alto e, do nada, parou.
Falou acreditar que, no dia seguinte, Julia ainda manteve contato com a declarante dando detalhes de que cobriu o corpo com lençóis e cobertores e colocou o ventilador direcionado para corpo porque estava fedendo demais.
Contou também que ao longo do fim de semana da morte, Julia chegou a dizer para a cigana que não estava suportando o cheiro do cadáver e que havia até um urubu na janela; QUE Julia cobriu o corpo com cobertor e jogou água sanitária no apartamento.
Suyanny afirmou que Júlia teria contraído uma dívida com ela, no valor aproximado de R$600.000,00 (seiscentos mil reais). Essa suposta dívida decorreria de “trabalhos” relacionados, em geral, à limpeza espiritual para que familiares e namorados de Júlia não descobrissem sobre sua vida como “garota de programa” e, ainda, para atrair mais clientela.
Júlia disse a uma testemunha que fez o que fez a mando de Suyany e ela realmente acreditava nos poderes mágicos de Suyany;
Júlia vinha quitando a referida dívida, por cerca de cinco anos, mediante pagamentos mensais, no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais).
A cigana disse que ecebeu o carro de Luiz Marcelo, um Honda CRV, das mãos de Julia, em Araruama […] a doação desse carro seria pra amortizar a dívida em R$75.000,00,
A apropriação indevida dos bens da vítima integraria o plano criminoso, arquitetado por Suyany e Júlia desde o seu nascedouro.
E a cigana, que supostamente teria instruído e apoiado Júlia antes e durante a execução do homicídio, certamente a teria instruído e apoiado depois, durante o transporte dos referidos bens até o município de Araruama,
Leandro Jean Rodrigues e Victor Ernesto de Souza Chafiin foram indiciados porque teriam recebido automóvel, pistolas, computadores, aparelho telefônico, aparelho de ar-condicionado, além de, possivelmente, relógios e outras joias, que integravam o patrimônio de Luiz Marcelo,, cuja origem criminosa conheciam muito bem.
Outros indiciados foram Goevani Tavares Gonçalves e Michael Graça Soares teriam adquirido as duas pistolas da vítima de Victor Ernesto VICTOR sendo uma de calibre restrito (9mm) e a outra de calibre permitido (.380), ambas com as numerações raspadas,