Para receber autorização do tráfico para deter o monopólio da venda de gás GLP na Ilha do Governador, um policial militar pagava aos antigos donos do Morro do Dendê (TCP) valores de R$ 70.000,00 a R$ 80.000,00, O processo, de 2018, ainda tramita na Justiça.
O policial intimidava os demais concorrentes no sentido de deixar a atividade no bairro, bem como valia-se da sua influência em colegas pertencentes ao efetivo do 17º Batalhão de Polícia Militar (17 1 BPM/Ilha do Governador), a fim de impedir a fiscalização efetiva a veículos pertencentes a sua empresa.
Consta dos autos que o PM, lotado no Comando de Policiamento Ambiental ( CP Am), utilizava o prestígio da unidade especializada para agilizar a tramitação e emissão de licenças e autorizações ambientais inerentes à atividade prestada (comércio de gás ).
Ele coagia empresários da Ilha do Governador, mediante ameaças e atos de violência patrimonial, a somente comercializarem o gás de cozinha (GLP – Gás Liquefeito de Petróleo) por ele fornecido, uma vez que alegava possuir exclusividade na comercialização do produto na região.
Durante a abordagem a um concorrente, ele ameaçou um homem de levá-lo para o morro para que os traficantes dessem um corretivo nele.
O PM também foi na casa de um comerciante em que também proferiu ameaças no sentido de que a vítima não mais comercializasse gás na área supostamente dominada por ele, do contrário, iria “tomar os botijões de gás” e “botar fogo” no carro da vítima .
O policial comercializava o item básico de consumo a R$ 75,00 (setenta e cinco reais), com ágio anormal e impedindo a livre iniciativa e concorrência no fornecimento de gás de cozinha no bairro.