O PM preso suspeito de matar Rafaella Borda Vieira, jovem que saiu de Niterói para ir a um baile funk no Rio de Janeiro, teria combinado versão diversa do ocorrido com seus colegas de guarnição, que negaram envolvimento no caso.
“Visando espancar qualquer dúvida acerca da viatura PMERJ que se envolveu no homicídio, e tendo em vista que nenhum policial militar apresentou a ocorrência do fato delituoso, e considerando, ainda, que os PMs da UPP/Prazeres negaram enfaticamente os seus envolvimentos no ocorrido, é que se requisitou uma busca, ao CICC – Centro Integrado de Comando e Controle -, acerca do GPS das viaturas que estiveram no local do fato, no horário aproximado. Sabia-se, àquele momento, que a viatura Toyota/Hilux da UPP que foi flagrada pelas câmeras havia transitado pela Rua Paulo de Frontim, Rua Estrela, e Rua Itapiru. Com a vinda da resposta, restou inequívoco o envolvimento da viatura 52-3075, que era ocupada pelo GTPP 1, com os policiais já citados, tendo o GPS determinado o exato trajeto e localização, coincidentes com os demais elementos de convicção amealhados.”
Segundo a Justiça, diante da constatação, foi requerido pelo Ministério Público a extração de cópias para Auditoria da Justiça Militar, a fim de averiguar falseamento de informação à Autoridade Policial e modificação do local do crime.
Assim, a prisão do denunciado se faz necessária para garantia da instrução criminal, pois, em liberdade, poderá interferir na colheita de provas.
Consta dos autos, ainda, informação de que uma testemunha teria sido abordado por dois homens, os quais o teriam agredido e somente o libertado após esse afirmar que ainda não havia prestado declarações acerca destes fatos.
Dessa forma, a prisão preventiva também se faz necessária para preservação da fonte testemunhal de prova, com a garantia de um ambiente de tranquilidade, livre de qualquer influência ou temor, que certamente seria impossível de garantir, senão pela manutenção de sua custódia cautelar.
Por fim, a conduta atribuída ao acusado se afigura gravíssima, o que abala a moral da sociedade e, consequentemente, coloca em risco a ordem pública local dada à probabilidade de reiteração delitiva, especialmente por se tratar de policial militar em serviço diário de proteção ao cidadão.