Após denunciar ao Ministério Público e solicitar à Justiça a prisão temporária dos subtenentes Leonardo Vinicio Affonso e Wilson Sander Lima dos Santos, acusados de participação no assassinato da cabo Vaneza Lobão, 31 anos, a Divisão de Homicídios pediu que a prisão do subtenente Wilson Sander fosse revogada na madrugada desta quinta-feira, dia 8 de fevereiro.
A juíza acatou o pedido e determinou a soltura do PM.
As prisões foram efetuadas por equipes da DH com apoio de agentes da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (8ªDPJM – Milícia, Vitimização Policial e Casos Complexos), na manhã desta quarta-feira, dia 7.
O subtenente, que após 30 anos de serviços prestados à corporação pediu reforma no último mês de novembro, era lotado no Serviço de Inteligência (P-2) do 31°BPM (Recreio dos Bandeirantes) e consultou a placa da cabo Vaneza Lobão durante 12 vezes – nas datas em que ela estava escalada para cumprir Regime Adicional de Serviço (RAS) na unidade.
Outros policiais também fizeram a mesma consulta, que é costume para verificar se não há qualquer irregularidade que impeça que PMs possam deixar seus veículos na área do batalhão
O pedido da DH foi feito após agentes da P-2 do 31°BPM irem até a especializada e entregarem toda documentação que comprovava que as pesquisas eram padrão da corporação.
O outro preso continua na Unidade Prisional da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) à disposição da Justiça.
A cabo Lobão foi assassinada na porta de casa, no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na noite de 24 de novembro de 2023. Ela estava na corporação há dez anos e faria aniversário ontem.
Veja nota
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar, realizou, na terça-feira (06/02), uma operação contra suspeitos de envolvimento na morte da policial militar Vaneza Lobão, que resultou no cumprimento de mandados de prisão temporária contra dois homens. Após a captura e a oitiva dos detidos, contudo, a DHC representou pela soltura de um dos presos. Ele havia sido apontado como suspeito, tendo em vista que pesquisou e monitorou o veículo da vítima, mas, durante depoimento, explicou e comprovou que esta era parte de seu trabalho, uma vez que o veículo costumava ficar estacionado no batalhão em que o militar trabalhava.
A Polícia Civil esclarece que a prisão temporária é um instrumento para auxiliar nas investigações e, durante esta etapa, restando concluído que não há mais suspeita sobre o detido, é pedida a revogação da prisão, como ocorreu neste caso. A investigação continua para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime.