Pesquisa do Instituto Fogo Cruzado e o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI/UFF) revela que, entre 2017 e 2013, o Comando Vermelho conquistou 486 territórios no Grande Rio por meio de confrontos sendo 257 só da milícia, 134 da ADA (Amigos dos Amigos) e 94 do Terceiro Comando Puro (TCP).
A milícia vem em segundo lugar em número de áreas dominadas no período com 274 áreas tomadas, sendo 215 do CV, 30 do TCP, 24 da ADA e cinco de quadrilhas não identificadas.
O TCP conseguiu no tempo estudado conquistar 250 territórios sendo 138 do CV, 58 da ADA e 54 da milícia.
A ADA ganhou 61 localidades nos sete anos pesquisados sendo 32 tomadas da milícia, 21 do CV e oito do TCP.
Os dados apontam que o CV é o que mais ganha e mais perde em termos absolutos,
seguido das milícias. Os grupos paramilitares, inclusive, amargam mais perdas por confrontos do que conquistas.
Mas a ADA registra o pior saldo final, o que se coaduna com a hipótese de derrocada da facção a partir de 2017.
E o TCP, aparece com o melhor saldo final, superior ao CV.
Em 2017, o CV possuía na Região Metropolitana do Rio um total de 1.997 territórios. Seis anos depois, passou a ter 2.249, um aumento de 12,6%. A facção continua dominante.
A ADA tinha em 2017 309 áreas controladas. No ano passado, passou a ter somente 73 (uma redução de 76,4%).
As milícias dominavam 847 áreas em 2017. Em 2023, já são 934, um crescimento de 10,3%.
O TCP foi o que apresentou o maior aumento percentual no período estudado passando de 258 territórios em 2017 para 425 em 2023, um acréscimo de 64,7%.