Os chefes da milícia de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, Dalmir Pereira Barbosa, o Barriga, e seu filho, Taillon Alcântara, além de outros foram denunciados pelo crime de lavagem de dinheiro envolvendo um imóvel em Angra dos Reis e uma embarcação que estaria em nome da empresa de empreendimentos imobiliários. Ambos os bens foram sequestrados pela Justiça.
Há nos autos da ação penal vastos elementos que dão conta de que a milícia vale-se de empresas de fachada e interpostas pessoas com o objetivo de ocultar e dissimular o proveito do crime.
Transações suspeitas foram apontadas nos relatórios de Análise dos Relatórios de Inteligência Financeira e Levantamento Patrimonial – acompanhadas da ausência de lastro financeiro denota indícios da origem ilícita dos recursos.
Os integrantes da milícia ocultavam a propriedade e dos bens adquiridos por meio da realização de transações em nome de interpostas pessoas (físicas e jurídicas), transações por meios de depósitos fracionados e contas de terceiros.
Há relatos de que os milicianos prossigam ocultando o seu patrimônio para se furtar aos efeitos condenatórios apontados, preservando, para si e para seus comparsas, o produto e o proveito de seus delitos.
Um deles indicou farta quantidade de documentos de terceiras pessoas e indicação de informações de contas bancárias.
A análise telemática de sua nuvem apontou diversas imagens de cartões bancários de outras pessoas, maços de dinheiro.
Uma mulher envolvida teria protagonizado uma série de movimentações atípicas que merecem investigação aprofundada.
Entre 07/11/2019 e 06/04/2020, sua empresa recebeu R$ 574.000,00 em depósitos em espécie, alguns deles de forma fracionada.
Uma outra mulher, que tinha uma firma de material de construção, efetuou depósito de 18 mil reais para uma pessoa do sexo feminino sendo que o seu endereço indicou casa humilde no interior da Paraíba.