Onze narcomilicianos que atuaram durante anos no Complexo do Roseiral, em Belford Roxo, foram condenados a penas variadas que chegam a até 18 anos de cadeia.
Entre os sentenciados estão o líder do crime local vulgo Criam, o antigo chefe, vulgo Coroa e o irmão de Criam, conhecido como pastor Elisamar.
Coroa era o chefe da comunidade mas seguia as ordens de Criam, preso há vários anos.
Com sua prisão, em 2020, Criam voltou a mandar e nomeou seu irmão como seu homem forte.
Após Coroa ser preso, a investigação apontou que ele seria morto em Bangu 3 sob alegação de que estaria roubando Criam.
Os bandidos eram ligados ao Comando Vermelho e exploravam condomínios do Minha Casa Minha Vida na cidade.
A quadrilha atuava na prática de diversos crimes, como roubos, extorsão de motoristas de vans, proibição de venda de gás e água por
terceiros sem autorização para que o grupo monopolizasse a comercialização de tais itens, além de frequente envolvimento de seus integrantes no comércio ilegal de drogas.
Só o acordo com os motoristas de vans rendia R$ 20 mil aos criminosos.
Os narcomilicianos buscavam não só extorquir pessoas, com cobranças de “taxas” de segurança, como também controlava a administração dos condomínios Monza, Vicenza, Arezzo e Ipê e se valiam da cobrança de “valores” aos moradores para fins de manutenção da milícia.
Em uma escuta telefônica, um criminoso disse que ia picotar um homem com um facão por ele ter entregue Coroa, quando este foi preso em Guapimirim.
FONTE: Site oficial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro