Novas investigações que vieram a tona recentemente revelam o quem é quem na quadrilha comandada por Maxwell Simões Correa, o Suel, por Ronnie Lessa e Welington de Oliveira Rodrigues, o Manguaça, que fornece gatonet nos bairros de Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel.
A investigação revela ainda que haveria concorrência de um grupo rival nos negócios e o pagamento de propinas a policiais corruptos.
O grupo tem por finalidade obter vantagens indevidas, mormente no que concerne à exploração ilícita dos serviços de telecomunicação, televisão e internet (a famigerada GatoNet).
Atividades aliadas ao cometimento dos crimes de corrupção ativa, extorsão e lavagem de dinheiro.
Alex Pif Paf – é o braço direito de Manguaça de Oliveira Rodrigues. Exerce atividade de caráter técnico junto aos serviços de gatonet.
As conversas mantidas por ele demonstraram a prática da atividade, havendo alusão a pagamentos pelo serviço, cortes do fornecimento, planilhas de “clientes” e menção a outro fornecedor de internet em morro dominado pelo grupo criminoso.
Atua ainda como subgerente do grupo, com a probabilidade de ter assumido a gerência após a prisão de Wellington.
Tabu era operador técnico dos serviços de gatonet. Havia conversas dele sobre a prisão do do patrão Suel “Suel”, com o filho de Suel e e da subordinação ao PM dono da “GatoNet”,
Águia Elton também é operador técnico. Fez contatos com Manguaça.
Há mensagens em que Elton afirma expressamente sobre fornecimento do serviço em “sua área”.
Tem ainda conversas de respeito de disputas, em que um grupo rival teria cortado o sinal da internet usada pelo grupo criminoso.
Seu nome apareceu em anotações de contabilidade da gatonet, essas apreendidas na residência de “Suel”, por ocasião de cumprimento de mandado de busca expedido na Operação Lume referente aos homicídios da vereadora Marielle Francisco da Silva e de seu motorista Anderson Pedro Matias Gomes e à tentativa de homicídio de Fernanda Gonçalves Chaves.
Isaac DJ é outro que exerce papel de operador técnico, . Os dados revelam conversas sobre a prisão de “Suel”, demonstrando preocupação, além de diálogos em que reclamam da desordem da milícia no Rio de Janeiro e de ligações dessa com o narcotráfico.
Luciano Trabalho Cavalo atuava como responsável pela manutenção de todos os aparelhos usados na rede clandestina de gatonet.
Há, inclusive, mensagens em que o próprio Luciano afirma trabalhar há anos para o PM Sandro dos Santos Franco realizando a manutenção de todo o equipamento empregado pela quadrilha.
O feito aponta, ainda, que Luciano integra, juntamente com Welington, o grupo de WhatsApp: “Mant fibra iraja”, criado em 17/04/2018, relacionado com as atividades desenvolvidas pelo grupo criminoso.
Sandro Olho de Tandera era gerente de parte da área em que foi implantada a rede clandestina de gatonet, supervisionando todos os aspectos técnicos e financeiros em determinada área de domínio do grupo, inclusive com emprego de arma de fogo.
Os diálogos demonstram que ele supervisiona o funcionamento do gatonet, negocia a compra e a manutenção de materiais e aparelhos destinados ao funcionamento da rede, faz o recolhimento de valores pagos pelos “clientes”, repassa as parcelas devidas aos líderes (filho de Suel).
Ele ainda realiza o pagamento acordado com policiais corruptos da região e faz uso ilegal de armas de fogo no exercício de suas incumbências na estrutura criminosa.
Também há conversa entre ele e Wellington sobre a prisão de “Suel”, demonstrando preocupação e insegurança quanto ao esquema do grupo criminoso.