O Ministério Público denunciou 17 PMs suspeitos de agirem como informantes de uma milíciq que atuava na Comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, já perdida para o Comando Vermelho..
Entre os denunciados estão oficiais e um coronel da Polícia Militar.
Os envolvidos. são acusados dos crimes de associação criminosa voltada para a prática de milícia, extorsão, comércio ilegal de armas de fogo e corrupção passiva.
Os PMs forneciam à milícia informações privilegiadas sobre operações, negociavam a venda de armas e munições, e atuavam como motoristas dos milicianos nos deslocamentos entre comunidades do Bateau Mouche, Barão, São José Operário, Campinho, Fubá, Chacrinha e Quiririm.
Foram descobertos diálogos em que milicianos indicavam aos policiais os locais exatos para incursões, detalhando os trajetos com pontos de referência para evitar erros na comunidade.
Em outra conversa, um policial militar informa que haverá “treino em outro ambiente”, em referência a não haver operação policial nas áreas de atuação da milícia, complementando que quando houver operação informará um dia antes. A operação mencionada foi coordenada pelo 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
A Auditoria da Justiça Militar determinou a suspensão integral do exercício da função pública dos denunciados, a suspensão do porte de armas de fogo.
Os PMs envolvidos estão lotados atualmente: Departamento Geral do Pessoal (Centro), Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Centro), 41° BPM (Colégio), 40º BPM (Campo Grande), 9º BPM 2ª CIA (Honório Gurgel), 5º BPM (Gamboa), 18º BPM (Freguesia), 15º BPM (Duque de Caxias), 18º BPM (Freguesia), 20º BPM (Mesquita), BPCHOQUE (Centro) e Diretoria de Licitações e Projetos (Centro).