Preso acusado de participar do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes, o delegado Rivaldo Barbosa lucrava enquanto as
organizações criminosas empilhavam corpos pela Região Metropolitana do Rio de Janeiro, aponta relatório da PF.
A criação desse ambiente pernicioso permitiu o fortalecimento de grupos criminosos, tendo em vista que a omissão deliberada na repressão dos crimes de homicídio tem o condão de cultivar um ambiente fértil para todo o tipo de criminalidade, sendo a morte de Marielle o esgoto no qual desaguam os reflexos dos demais.
Uma das premissas em que se baseava esse comportamento omissivo na repressão de tais crimes era a de que os vagabundos se matavam entre eles. Assim, cabia à Divisão de Homicídios somente auferir os lucros dessa guerra sangrenta.
No entanto, descreve a PF, a atuação com base em tal princípio/pressuposto saiu de controle e levou à execução de uma vereadora cuja trajetória jamais perpassou pela criminalidade, além de seu inocente motorista.
Em relação à sua escalada política, Rivaldo chegou ao mais alto cargo de sua corporação, mas esbarrou na inesperada magnitude da repercussão do homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes, cuja morosidade das investigações e notícias isoladas de inconsistências sepultaram seus ambiciosos planos (não revelados).
Rivaldo Barbosa passou a ter movimentação incompatível com a renda (pessoa física) e faturamento (pessoa jurídica) declarados
Foi verificada ocorrência altíssima de operações financeiras em espécie: saques e depósitos com origem não identificada;