Segundo a Polícia Federal, a quadrilha que pretendia matar o ministro do STF Alexandre de Moraes considerou diversas condições para a execução, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público.
Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de ‘captura’ seria alta e que a chance de baixa (termorelacionado a morte no contexto militar) seria alto.
O contexto de emprego de armamentos extremamente letais, bem como de uso de artefato explosivo ou envenenamento revelam que o grupo investigado trabalhava com a possibilidade de assassinato do ministro.
Tal fato é reforçado pelo tópico denominado ‘Danos colaterais passiveis e aceitáveis’, em que o documento descreve como passível ‘100%’ e aceitável também o percentualde ‘100%’.
Ou seja, claramente para os investigados a morte não só do ministro, mas também de toda a equipe de segurança e até mesmo dos militares envolvidos na ação era admissível para cumprimento da missão de ‘neutralizar’ o denominado ‘centro de gravidade’, que seria um fator de obstáculo à consumação do golpe de Estado.
As ações da quadrilha tiveram tiveram seu auge a partir de novembro de 2022 e avançaram até o mês de dezembro daquele ano, como parte de plano para a consumação de um Golpe de Estado, em uma operação denominada pelos investigados de “Copa 2022”,
Com planejamento, coordenação e execução típicos de uma operação militar especial, as ações demonstram um detalhado plano de atuação que envolve técnicas de anonimização, monitoramento clandestino e emprego ilícito de recursos públicos.
No dia 10 de dezembro de 2022, foram captadas mensagens evidenciando que a quadrilha estava monitorando Alexandre de Moraes em relação ao evento relativo à diplomação do presidente da República eleito, que ocorreria no dia 12 de dezembro de 2022.
““Estarão na portaria. Trecho 5 será do presidente. Rota verde com desembarque exclusivo da comitiva do diplomado, que será no subsolo. Cancelo central interno destinado a veículo oficial. Percurso rosa aos demais convidados”.
No dia 13 de dezembro de 2022, a Polícia identificou o deslocamento do prefixo telefônico vinculados ao codinome Gana de Goiânia/GO para Brasília/DF, transitando por áreas de interesse para a operação destinada à ilegal detenção do então Presidente do TSE e de Alexandre de Moraes.
No dia 15 de dezembro de 2022, verificou-se (a) o deslocamento do prefixo telefônico vinculado ao codinome Austria, de Goiânia/GO para Brasília/DF; e (b) deslocamento de um veículo oficial vinculado ao Batalhão de Ações de Comandos.
As informações revelaram que as ações direcionadas a Alexandre de Moraes Ministro se restringiram ao monitoramento de seu itinerário durante o mês de dezembro. Em verdade, os dados obtidos demonstram que militares, em perceptível integração criminosa, planejaram e executaram uma operação clandestina com emprego de técnicas típicas de agentes de forças especiais.
A quadrilha formada por militares e policaiis que tramava matar também o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin agia da seguinte forma.
a) ataques virtuais a opositores;
b) ataques às instituições (STF, TSE), ao sistema eletrônico de votação e à higidez do processo eleitoral;
c) tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
d) ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia e;
e) uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, o qual se subdivide em:
e.1) uso de suprimentos de fundos (cartões corporativos) para pagamento de despesas pessoais;
e.2) Inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde palsificação de cartões de vacina; e
e.3) Desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito”