Veja como se organizava a contabilidade de milicianos no condomínio Nova Regata, no Itanhangá, no ano passado.
Um paramilitar, oriundo da Rocinha, foi preso na ocasião e condenado a quatro anos de prisão. Ele tinha R$ 100, telefones celulares e anotações de cobrança.
Os milicianos realizavam no local extorsões a comerciantes e moradores.
Os cadernos com anotações/controle sobre cobranças de taxa extorsionária aos comerciantes e
moradores da região.
As anotações faziam menção às cobranças, a valores; no condomínio diligenciado, havia casas e apartamentos pequenos.
Havia inscrições no caderno: “Rua B” “Rua A” “Rua C” “Rua D” “Rua E” e “Vila Bella”
Vinculadas às inscrições, achavam-se nomes de pessoas e estabelecimentos e, em sua grande maioria, há especificação de onde encontrar essas pessoas, como em que cita, por exemplo: Rua A, F.. casa 2.
Registro, ainda, que no caderno apreendido foi confeccionada uma planilha contendo nas colunas as letras: M, J, Ju, A, S e O, que, ao que tudo indica, estão relacionadas aos seguintes meses: maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro, já nas linhas desta planilha há nome das vítimas.
De posse desse esquema, era capaz de ser assinalado se determinada pessoa adimpliu ou não ao pagamento de determinado mês e isso é registrado com o símbolo de “ok”, conforme evidenciado em diversos campos do material apreendido que estava na posse do réu.