Milicianos de Queimados foram presos recentemente com indumentária que imitava uniformes policiais, além do armamento pesado, que incluía quatro pistolas, uma espingarda calibre 12, carregadores de pistola, um kit RONI, coletes à prova de balas, diversas munições, quatro aparelhos celulares e uma quantia em dinheiro. Também foi verificado que o veículo utilizado era roubado e apresentava sinais de adulteração.
O curioso nisso tudo é que um dos presos é filho de um policial civil e que a espingarda pertencia ao pai.
O agente disse que a espingarda era mantida em sua residência, dentro de uma capa, em cima de um guarda-roupa localizado em seu quarto. Falou que a última vez que viu a espingarda foi para limpá-la, entre 1 e 2 meses atrás. Ressalta ainda que o filho não tinha conhecimento do local onde a espingarda era guardada, embora resida com o declarante. Por fim, o declarante relata que nunca emprestou a espingarda ao filho que está à disposição para fornecer quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.”
Após prender milicianos na Vila Camarim, em Queimados, a Polícia Civil ouviu depoimento de comerciantes vítimas dos bandidos, que explicaram como eram feitas as cobranças.
Um deles relatou que ficou surpreso pelo fato de o carro pego com os suspeitos era o mesmo veículo que por diversas vezes parou em frente a seu estabelecimento com indivíduos fortemente armados fazendo cobranças de valores para uma suposta empresa de segurança privada.
Segundo ele, tais cobranças se iniciaram no mês de junho de 2024. No início as cobranças eram feitas de forma presencial onde os indivíduos sempre paravam carros Focus prata, Renault Duster cinza e um Jeep Renegade prata;.
Disse que, no começo, um homem conhecido como Sombrão fazia as cobranças. Com a morte dele, a tarefa passou para o vulgo Cicatriz.
No início de julho, esse miliciano entrou em sua loja e entregou um cartão preto com o nome de uma empresa de segurança privada com números de uma chave pix.
O cartão foi deixado em diversas lojas vizinhas;. Os valores são diferenciados de acordo com os comércios. Ele apresentou à polícia ato comprovantes PIX das transações efetuadas;
Disse também que sempre que faziam as cobranças ficavam dentro dos carros e utilizavam tocas que cobriam todo o rosto;.”
Outro comerciante disse já paga valores a supostos milicianos há aproximadamente seis anos. No mês de julho de 2024 outros indivíduos começaram a fazer cobranças. Ele era obrigado a fazer transferências semanais.