O miliciano Andinho, que foi preso anteontem juntamente com Cara de Ferro, ambos líderes da milícia de Curicica, disse ter sido agredido e arrastado pelo chão pelos policiais que o capturaram.
Em seu depoimento na Audiência de Custódia, falou que que foi agredido com socos, chutes, tapas e arrastado pelo chão.
Segundo ele, os policiais que supostamente o agrediram não usavam farda e não eram policiais militares, alegando que foi agredido por cerca de três policiais.
Afirmou que um policial era baixo, moreno, o outro era alto, moreno claro e o terceiro alto, branco, não tendo sido os mesmos que o conduziram para a Delegacia.
Segundo a Justiça, foi submetido a exame de corpo de delito. Disse ter marcas das agressões e foi apresentado com lesões aparentes nas costas.
Sobre essa acusação, a Justiça informou que possível agressão sofrida ainda não foi devidamente apurada, de forma que não há como presumir que tenha sido praticado excesso por parte dos policiais, em especial porque ainda não foi realizado laudo de exame de corpo de delito.
A suposta prática será analisada pelo juízo natural, com as provas a serem produzidas, de forma que que se mostra prematuro afirmar que tenha havido a prática de ato ilegal
Consta do auto de prisão em flagrante que policiais civis estavam em operação conjunta com diversas delegacias após receberem denúncias de que os líderes da Comunidade da Curicica estavam em uma boate.
Os agentes foram até o local e encontraram os seguranças dos milicianos, havendo confronto armado. Os dois seguranças vieram a óbito durante o confronto. Os custodiados foram abordados. Com Andinho, foi encontrada a chave de um veículo no qual foram apreendidos dois fuzis. Com Cara de Ferro foi apreendida a chave de um veículo no qual foram apreendidas pistolas, munições e granadas.