As investigações da Polícia Federal contra a quadrilha de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que culminaram na operação de hoje que teve cinco presos são um desdobramento do trabalho iniciado no ano passado.
A apuração foi resultante da extração do material constante das extrações feitas nos telefones celulares apreendidos com Latrell, ex-número 2 da milícia que está preso;
Aquela investigação identificou outros membros da quadrilha como GG, Nanan ou Malvadão, Dom ou Professor, Pardal ou Tabinha, Teteus, Jhon Jhon, Papel ou Jeitoso, Maike, Raí, Pipito ou Profeta, Padim, LC, Azeitona, Solinha, Sassá ou Gigante, Boto, Jean Carlos, Josefa, Doug e Sérgio Domício.
Entre esses, alguns já morreram, outros estão presos, saíram da quadrilha ou continuam nela e estão foragidos, como são os casos de Pipito e Dom.
Até a data de 23 de outubro de 2023, Teteus estava foragido.
Ele era sobrinho de Zinho o e foi morto, neste dia, em confronto armado com as forças de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, gerando verdadeiro caos na Cidade, com diversos focos de incêndios criminosos cometidos – inclusive, contra transportes públicos – como represálias a sua morte
Zinho, como todos sabem ora denunciado, assumiu o comando da organização após a morte de “Ecko”.
“Zinho” era conhecido por ser responsável pela contabilidade da milícia na época do comando de seus outros irmãos.
Com a ascensão de “Zinho”, a relação com a quadrilha de “Tandera” tomou outro rumo.
“Tandera” então passou a travar verdadeira guerra contra “Zinho”, chegando ao ponto, inclusive, de várias vans serem queimadas na Zona Oeste em setembro de 2021.
Entretanto, em 20 de agosto 2022, o “Bonde do Tandera” sofreu duro golpe, com a morte de Delcio Lima Neto, conhecido como “Delsinho”, e Renato Alves Santana, o “Fofo”, segundo e terceiro homens, respectivamente, na hierarquia daquela organização criminosa.
Desde então, diversos integrantes do “Bonde do Tandera” migraram para o “Bonde do Zinho”, fortalecendo ainda mais a milícia,
Foi a partir daí que nasceram as investigações sobre o Bonde do Zinho, Família Braga, Tropa do Z ou Bonde do Zorro.
Na primeira investigação, restou claro que “Zinho” compartilhava uma liderança descentralizada com outros homens do grupo, aos quais eram conferidas missões armamentistas, de controle financeiro e de extermínio de rivais, tudo sempre voltado à estabilidade e expansão territorial do grupo.
Comprovou-se, então, que o capo contava com um primeiro escalão de lideranças composto por Latrell, GG, Nanan, Dom, Pardal e Tabinha.
Abaixo deles, funcionavam as lideranças locais, compostas por Sassá, Padim, Pipito e Boto
Foram denunciados compondo o terceiro escalão, na qualidade de soldados/assessores/informantes do grupo, os seguintes homens: Jhon Jhon, Solinha, Doug, Papel, Azeitona, Mike, Raí, LC, Tizal e Jean Carlos.
Foi revelado já naquela época o alto poderio bélico e o modo criminoso de atuação da associação criminosa – oportunidade em que foram apreendidos um fuzil de calibre 223, carregadores de fuzil calibre 223, munições de fuzil calibre 223, carregadores de fuzil calibre 762, munições de fuzil calibre 762, duas pistolas de calibre 9mm e duas de calibre .40, grande quantidade de munições dos dois calibres, dois artefatos explosivos (granadas), um colete balístico, além de um veículo roubado, com placa adulterada, e um veículo comprovadamente “clonado”, com adulteração de placa e de chassi