A maior milícia do RJ está envolvida também no golpe de seguro de veículos.
Em novembro do ano passado, PMs policiais militares estavam trabalhando quando ouviram na rede que o veículo GM Onix de cor prata tinha acabado de ser roubado nas proximidades onde estavam, em Campo Grande.
Os agentes da lei realizaram buscas e se deparam com o veículo na Rua da Praça.
Os agentes abordaram o veículo e encontraram dois homens.
Ambos informaram que o veículo pertencia a um tio. No interior do veículo foi encontrado uma pistola calibre.380 Nº, KLG83086, municiada com 11 cartuchos intactos.
A suposta vítima do roubo, tinha se dirigido à 35ª DP para registar a ocorrência, sendo orientado a ligar 190 para dar o alerta na placa.
Os policiais conduziram o veículo e os detidos para sede policial e estranharam o fato de a suposta vítima não ter retornado à delegacia.
Nos telefones celulares dos detidos havia fotos de ambos portando armas de fogo.
Ao serem indagados, os custodiados relataram que o veículo não havia sido subtraído, mas sim que a suposta vítima pretendia dar um “golpe” no seguro, tendo, para tanto, oferecido a quantia de R$500,00 para que os dois sumissem com o veículo.
Diante disso, os policiais fizeram contato com o proprietário do veículo, que informou conhecer o homem que havia registrado o roubo, mas que não era seu tio, e ter alugado o veículo para ele trabalhar como motorista de aplicativo, pelo valor de R$500,00 semanais, bem como informou o local onde a suposta vítima residia residia.
Os policiais foram à casa da falsa vítima e a conduziram para sede policial.
O indiciado afirmou que seu tio alugava o carro para “uber” e sabia que um dos presos tinha veículo Ford Ka que o motor era compatível com o do seu tio e, por isso, marcou um encontro.
Ao chegar, viu que o preso estava com uma bolsa atravessada e disse: “‘perdeu cara, teu carro vai subir, vou levar pro Tizal’, que seria um dos chefes da milícia”. Tizal era um dos homens de confiança de Zinho.
A falsa vítima disse que ficou com medo e entregou o carro, ligando para a seguradora em seguida.
Ele teria ficado com medo porque, ao chegar na delegacia para registar a ocorrência, se deparou com os presos.
De acordo com os policiais, um dos presos é suspeito de envolvimento em uma ocorrência anterior, em que supostos milicianos invadiram uma residência para expulsar os proprietários e tomarem a residência.
No caso, há indícios de que os presos integram milícia armada e levariam o veículo para o chefe da milícia, e ainda, em conluio com a suposta vítima, aplicariam golpe na seguradora,
Além disso, com o porte da arma de fogo, tais indiciados causaram risco concreto à integridade física de todas as pessoas próximas, que poderiam ser alvejadas por disparos de arma de fogo.
PRESO DE NOVO
Neste ano, um dos presos com armas voltou a ir para a cadeia.
Ele e comparsas foram pegos
em posse de materiais, carro roubado e anotações relativas à exigência de dinheiro
Consta do auto de prisão em flagrante que policiais civis receberam informações sobre a localização de homens que atuariam na milícia do Rio de Prata, sendo certo que
Os agentes foram até a residência do preso anteriormente e lá arrecadaram uma folha com anotações relativas ao pagamento de comerciantes.