Leia agora como foi a morte do PM Fábio Cordeiro Matheus dos Santos durante uma tentativa de assalto durante essa semana, em Anchieta. Um dos suspeitos, Bruno Leonardo Guimarães, foi preso.
Consta no flagrante que as vítimas estavam em uma moto em frente à estação de trem de Anchieta, quando foram abordados por dois homens em duas motos, sendo que uma se posicionou na frente e a outra atrás das motos em que estavam as vítimas. O indivíduo que estava na moto da frente portava uma pistola Glock .40 e o que estava atrás, um revólver calibre .38.
O suspeito que estava na moto de trás apontou uma arma de fogo para as vítimas e puxou a bolsa que estava presa à perna da vítima sobrevivente. Esse indivíduo disse: “perdeu, perdeu”. Como não conseguiu soltar a bolsa da perna da vítima, o bandido apertou o gatilho do revólver calibre .38 que estava apontado para a cabeça da vítima, mas a arma falhou.
Instantes depois, a moto em que estavam as vítimas tombou, momento em que caíram no chão. No momento em que Fábio se levantou, os indivíduos viram o volume da arma em sua cintura e gritaram: “polícia, polícia!”.
Os criminosos, então, focaram em Fábio, tendo a outra vítima conseguido correr e entrar em uma loja de sorvetes. Assim que a vítima entrou no estabelecimento, os lojistas baixaram a porta e se esconderam no banheiro.
A vítima sobrevivente ficou sem visão da rua, mas ouviu muitos disparos de arma de fogo. Em seguida, levantou a porta da frente da loja para ver o que estava acontecendo e procurar por Fábio, momento em que viu a moto com os criminosos em fuga e um carro em velocidade indo atrás.
Ao se aproximar, encontrou Fábio já em óbito próximo a um veículo. Quando retornou, tomou conhecimento de que policiais militares que passavam na hora reagiram ao assalto.
De acordo com os policiais militares, eles avistaram dois homens com capacetes, desembarcados e armados. A pessoa rendida, a vítima Fábio, estava com os braços levantados e conversando algo com os criminosos. Nesse momento, os policiais militares pararam a viatura e desembarcaram. Em seguida, se identificaram como policiais e ordenaram que soltassem as armas.
Nesse momento, de uma forma dinâmica e rápida, um dos indivíduos apontou a arma de fogo para Fábio, que estava atrás de um veículo estacionado, e atirou em sua direção, com a clara intenção de matá-lo. Após atirar em Fábio, o indivíduo se voltou para os policiais militares e efetuou disparos, tendo um dos policiais revidado.
Em seguida, os indivíduos subiram na moto e empreenderam fuga em direção à Avenida Brasil. Após a fuga dos indivíduos, a vítima sobrevivente se aproximou e narrou os fatos para os policiais. Em questão de minutos, uma viatura da polícia civil chegou para verificar a ocorrência e realizar a perícia de local. A arma pessoal de Fábio foi levada pelos indivíduos.
Os policiais civis tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança dos arredores e conseguiram identificar a fuga dos coautores. De acordo com a autoridade policial, “Bruno aparece portando uma pistola na mão esquerda e com a mão direita coloca a mão na lesão causada por tiro, no confronto que tiveram com outros policiais que passavam pelo local e perceberam a ação criminosa.
Segundo o delegado de polícia, “a compleição física do autor que aparece no vídeo com a arma na mão esquerda fugindo do local é idêntica a de Bruno” e “o local da lesão onde o autor do latrocínio coloca a mão e sentia dor no momento da fuga é exatamente a região onde Bruno está com a entrada da bala”
Consta ainda do auto de prisão em flagrante que os policiais, em diligências nas unidades hospitalares, tomaram conhecimento de que Bruno tinha dado entrada na UPA de Manguinhos, onde recebeu o primeiro atendimento.
Contudo, percebendo a possibilidade de ser preso, decidiu fugir do local. Após complicações das lesões, o custodiado retornou à mesma unidade de atendimento quando foi transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde se encontra internado.
FONTE: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro