A Justiça decretou as prisões preventivas dos policiais militares William de Castro Valadão, André Luís da Silva Rodrigues e Bruno Batista Gama, que foram acusados de balear duas pessoas durante uma abordagem na noite da última quarta-feira, em São Cristóvão. Os agentes estão presos. Eles respondem pela prática, em tese, do crime de homicídio qualificado tentado.
Consta dos autos que os policiais militares, foram detidos, uma vez que, durante o atendimento de uma ocorrência de roubo, em que realizavam a perseguição de um veículo supostamente envolvido no delito, realizaram disparos de armas de fogo que atingiram os ocupantes do veículo modelo Onix.
De acordo com uma das ocupantes do veículo atingido (termo de depoimento estava no banco do carona do Onix quando escutou uma sirene da polícia e uma viatura em alta velocidade atrás do carro onde estavam, e que a condutora Nívea deslocou o veículo para o lado direito da via para dar passagem à viatura e nesse momento escutou barulho de tiros, percebendo em seguida que Nivea e João Victor (o terceiro ocupante do veículo) foram baleados.
Em que pese a versão de um dos policiais no sentido de que um terceiro veículo (Cobalt) teria efetuado disparos, não há nos autos até este momento elementos de prova que justifiquem os disparos na direção do veículo ônix, tampouco que o veículo ônix alvo dos disparos tivesse qualquer envolvimento com o crime de roubo.
Cabe salientar que as vítimas do roubo não reconheceram os ocupantes do ônix como autores do delito, tampouco reconheceram o veículo como aquele que foi utilizado no crime.
. No entanto, no caso em exame, há indícios de que os disparos foram efetuados contra um veículo sem se ter certeza de que estava de fato envolvido no crime de roubo ou que algum dos seus ocupantes estivesse armado.
Como observou a autoridade policial em sua decisão do flagrante, não foi localizado nenhum armamento no interior do veículo ou na posse de qualquer dos ocupantes.
As pessoas baleadas tinham antecedentes criminais.