A Justiça decretou a prisão preventiva de um homem acusado de matar por estrangulamento seu enteado de 11 anos em dezembro, em Marechal Hermes.
Segundo a denúncia, no dia 29 de dezembro de 2023, por volta de 23h00, no interior da residência localizada na Avenida General Oswaldo Cordeiro de Farias, o acusado estrangulou Pedro Lucas de Souza Alves, matando-o.
De acordo com as investigações, o denunciado é padrasto da vítima e convivia com Pedro desde que ele tinha três anos de idade.
No dia dos fatos, o suspeito, em um momento no qual a vítima estava no interior do banheiro da residência, estrangulou a criança com uma calcinha ao redor do seu pescoço, o que ocasionou a asfixia da vítima, levando ao seu óbito. Após a mãe da vítima, encontrá-lo com uma calcinha em volta do pescoço, pendurado no registro do chuveiro do banheiro, simulando uma cena de suicídio, o denunciado, seu pai e a genitora efetuaram o socorro da vítima Pedro.
A vítima foi atendida na UPA de Marechal Hermes, porém infelizmente faleceu por volta de 07h00 do dia 30 de dezembro de 2023.”
O suposto assassino contou que teria entrado no banheiro para urinar e não viu nada de anormal com o garoto, qual estava já dentro do box com o chuveiro ligado, inclusive teria dito para ele tomar banho e ir logo deitar.
Falou que tempos depois viu a esposa gritando em desespero dizendo que o filho tinha morrido.
Falou que viu uma forte marca no pescoço do menino, pegou ele no colo e o levou até a sala onde tentou reanimá-lo, fazendo massagem cardíaca e respiração boca a boca, manobras que não surtiram efeito.
Contou que tinha um ótimo relacionamento com o adolescente, inclusive fazendo atribuições de pai, levando o menino na escola, explicadora, lazer, dentre outras.
Uma testemunha, no entanto, afirmou que que ouviu por diversas vezes o acusado incentivando que a mãe batesse em Pedro Lucas dizendo , por exemplo : “Não viu a merda que ele fez? Não vai fazer nada”.
Uma outra disse que ouvia o casal se reportarem ao menor usando palavras como “idiota, imbecil, você só faz merda”.
Falou que ouviu certe vez o suspeito gritar com o menino.
“Eu só não vou te dar porrada porque você não é meu filho. Se fosse, ia levar muita porrada agora”.
O homem chamava a criança de “viado e arrombado”.
Ao ser questionado se as lesões encontradas no corpo de Pedro poderiam ter sido feitas por ele próprio, um perito legista depoente afirmou categoricamente que não.
Segundo ele, as lesões encontradas foram necessariamente feitas por uma terceira pessoa, descaracterizando a lógica de um suicídio comum.
Ele disse com certeza de não se tratar de um suicídio.
Após a realização de uma reprodução simulada do fato e do exame de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) e do Termo de Declaração do perito legista do caso, chegou-se a convicção que ocorreu um homicídio por estrangulamento.”
“Trata-se de um homicídio cruel contra criança de 11 (onze) anos, cometido, segundo a denúncia, pelo padrasto do menor,