A Justiça decretou em 31 de outubro as prisões preventivas dos traficantes J da Linha, Nego Drama, Leitoa e Peralta, todos do Comando Vermelho, por um homicídio de um integrante de uma facção rival em São Gonçalo. A vítima foi espancada pelos criminosos, levando pancadas principalmente na cabeça.
A esposa da vítima disse que J da Linha tem a liderança da região onde o marido foi morto.
O bandido fica abrigado no Complexo do Salgueiro mas nenhuma ação do tráfico é feita sem a ordem e aval dele.
J da Linha é líder de várias comunidades como a da Linha, do Risca Faca, do Lírio e B13 (onde o homem foi morto e espancado).
Segundo a testemunha, qualquer decisão do tráfico na região do B13, antes tem que passar por Peralta e depois por Jota.
Peralta é ‘os olhos’ de J da Linha;
Já Leitoa e Nego Drama vendem drogas no B13 e, segundo a esposa, com certeza, eles participaram do espancamento do marido.
Leitoa mandou avisar a moça, que só liberaria o corpo se ela fosse lá reconhecer.
O crime foi praticado por motivo torpe, isto é, em retaliação à notícia de que a vítima era integrante da facção criminosa rival a que os denunciados integravam, bem como por praticar roubos na localidade, prática vedada por uma das regras impostas pela facção criminosa integrada pelos denunciados.
O delito foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que a vítima foi arrebatada, manietada e subjugada ao poderio dos denunciados e seus comparsas, os quais estavam em superioridade numérica.
O crime foi cometido com emprego de meio cruel, a saber, com multiplicidade de golpes violentos, inclusive na região da cabeça, o que infligiu intenso sofrimento à vítima, além de revelar uma brutalidade fora do comum ou em contraste com o mais elementar sentimento de piedade.
J da Linha é líder do tráfico da localidade e era o responsável por ditar regras a serem cumpridas por seus subalternos, dentre elas a proibição de práticas delituosas na região por terceiras pessoas não integrantes de sua facção criminosa, prevendo e impondo punições aos que a desobedecesse, inclusive com a morte, e, nestas condições, as atuações de seus subordinados se submetiam aos seus comandos, autorizações ou anuências.