O jornalista apontado como chefe da quadrilha que atuva no furto de cabos subterrâneos que foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio nesta semana integrava também em uma organização criminosa que movimentava grandes quantidades de droga, aferindo alto enriquecimento ilícito.
Sua atuação, apesar de mais intensa no Paraná, estende-se para outros Estados da Federação – notadamente para o Rio de Janeiro, e Minas Gerais em que há notícias e indicativos de transportes e remessa de grandes quantidades de drogas.
O bando é aparentemente dotada de um avançado sistema operacional de atuação, em que as cargas de drogas são realizadas em compartimentos ocultos de caminhões refrigerados carregados com cargas lícitas, o que dificulta muito a persecução dos ilícitos.
Ainda, possui estratégico sistema de lavagem de dinheiro, de modo que os rendimentos do tráfico são mascarados com negócios aparentemente lícitos, bem como, há indícios do uso de diversas pessoas e empresas como “laranjas”, para que a movimentação financeira da ORCRIM não chame atenção das autoridades .
Há relevantes indícios de que a organização cooptou Policiais Civis e Militares, inclusive que atuavam na Comarca de Toledo/PR.
Também há informações de que a ORCRIM não tem pudor em utilizar-se de crimes violentos, o que foi reforçado pela tentativa de assassinato sofrida por um membro em um contexto claro de “queima de arquivo” ou “acerto de contas”, evidenciando o envolvimento da ORCRIM com a prática de atividades delitivas,
O jornalista em questão era o elo com o tráfico de drogas do Morro do Fallet e a quadrilha de furtava cabos. .Ele atuava como contador da facção Comando Vermelho, controlando repasses, fluxo financeiro e lavagem de dinheiro através de empresas reais.
FONTE: Superior Tribunal de Justilça