MARIO HUGO MONKEN
Interceptações feitas pela Polícia Federal na investigação sobre a presença do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado do Rio de Janeiro revelaram a existência de postagens de fotos de revólveres, pistolas, fuzis e munições, inclusive com indicação dos valores e descrição do armamento, efetivadas pelo faccionado Barone no grupo “IR. Só RSM e líderes EP”.
Destaca-se o valor de R$ 65.000,00 atinente a um fuzil calibre 556, bem como a oferta de uma submetralhadora MT.40, ambos de uso restrito das forças de segurança pública.
Nas conversas, os membros falaram sobre um levantamento sobre o número de ferramentas (armas e munições) que esse segmento da facção possuiria. Davam a entender que eram pelo menos três armas, entre elas um fuzil 762.
Barone se encontrava detido em uma unidade prisional do Pará na época das gravações. Chegou a mencionar em escuta a existência de um paiol de armas.
Existem registros de que os elementos investigados têm conhecimento da localização de algumas armas e tinham que repassar esses
informes para “sintonias superiores”do PCC.
Os presos falavam sobre o local de entrega de drogas e armas; que quando a negociação ia adiante, a conversa seguia por outros canais de comunicação.
A investigação da PF descobriu que o PCC atuava mais especificamente no Complexo de Gericinó, em Bangu, expandindo a atuação
para fora de São Paulo, em cooperação com a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).