O Ministério Público Estadual tenta prender 12 envolvidos em uma milícia que atuava na Comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, em Jacarepaguá. Entre eles, dois PMs do BOPE e um policial civil. Quatro já foram presos.
Ao todo, foram denunciadas 16 pessoas suspeitas dos crimes de extorsão a comerciantes, empreendedores, vendedores ambulantes e mototaxistas, bem como corrupção ativa.
As investigações mostraram que a milícia mantinha envolvimento com PMs para que fornecessem informações privilegiadas.
A relação com policiais civis servia para que não fossem “incomodados” na realização de suas atividades criminosas com investigações e eventuais prisões em flagrante, mediante pagamento de propinas.
Além disso, os policiais suspeitos forneciam material bélico (desviados de apreensões) e até uniformes aos criminosos.
Interceptações telefônicas mostraram os líderes determinando cobranças de taxas, compra de material bélico, além de pagamento de propina a policiais militares e civis.
Um dos denunciados, que inclusive exercia função de liderança na milícia da Bateau Mouche até o final do ano de 2021, foi expulso da quadrilha e passou a fazer parte da “Milícia do Zinho
Um dos envolvidos é um homem que já foi preso por suspeita de envolvimento em um homicídio em 2017, em São Gonçalo, e atualmente se faz passar por policial civil, permanecendo no interior de delegacias usando arma, uniforme e distintivo, além de participar de operações em viatura oficial. O suspeito tinha contatos com diversas unidades policiais e, inclusive, nos quadros da Corregedoria.