Investigação aponta a hierarquia da milícia que agiu no município de em Queimados nos últimos anos, que foi alvo de operação policial esta semana.
Segundo a apuração, Chin, Macaco Louco, Naninho, Duim ou Gambá, Emerson, Valladares e Mica , exerciam papel de liderança da milícia em comento, emitindo ordens aos demais integrantes do grupo, sendo certo que também atuavam como braços armados da organização criminosa.
Os denunciados que exerciam funções de liderança compunham um grupo de WhatsApp chamado “Prioridade Irmãos” que funcionava como uma espécie de conselho deliberativo da malta, sendo certo que quaisquer decisões só poderiam ser tomadas se todos os integrantes desse grupo estivessem de acordo.
Os milicianos também compunham outro grupo de WhatsApp, este utilizado para coordenar e operacionalizar as ações da milícia do Belmonte, tal grupo tinha o nome de Irmandade.
Chin emitia ordens para Dayana e Anão ou Ananias.
Macaco Louco, Mica, Duim ou Gambá e Naninho atuavam nos homicídios perpetrados pelo grupo.
Emerson era um dos responsáveis pela expansão territorial da milícia para outras áreas, tais como os bairros de Vila São João e Parque Santiago.
Valladares era o encarregado da exploração da atividade de distribuição clandestina de sinal de TV a cabo desempenhada pelo grupo, adquirindo os materiais necessários à expansão das centrais clandestinas visando ampliar sua área de atuação.
Dayana era responsável pela contabilidade do grupo criminoso no que tange a prática da agiotagem e da cobrança de cesta básica, após a prisão de “Chin”, seu companheiro.
Anão ou Ananias tinha a função de realizar a cobrança de taxas referente ao dinheiro emprestado a juros.
Dedé tinha a função de braço armado do grupo, sendo responsável pela prática de crimes de homicídio contra alvos determinados pela milícia.
Magu e Tiago também eram braços armados sendo responsáveis, no seio do grupo, pela prática de crimes de extorsão mediante sequestro.
França era a pessoa responsável pela coordenação dos pontos de mototaxistas, cobrando deles valores em dinheiro a pretexto de permitir a atividade de transporte alternativo nos locais dominados pela milícia.
Matheus tinha a função de responsável pelas manutenções do sinal de TV, bem como das cobranças das mensalidades pelo serviço irregular prestado nas localidades dominadas pela malta.
Peixe se valia do poderio bélico e influência da malta nas áreas de influência do grupo criminoso para implantar o monopólio na comercialização e localização de “churrasquinhos”.
Andressa tinha a função de informante na medida em que servia de ponte entre os membros da malta, repassando informações estratégicas aos demais integrantes do grupo criminoso, dentre eles Macaco Louco, seu companheiro.
Boi ou Bob, Rato, Pig, Eduardo, Capitão e Thiago eram outros braços armados praticando as ações criminosas no grupo sempre portando armas de fogo de grosso calibre.
Jonathan tinha como função a prática de agiotagem, emprestando dinheiro a juros em nome da milícia.
Ocorre que no ano de 2020 houve uma reunião da cúpula da “milícia do Belmonte”, representada pelo denunciado Valadares, com integrantes da milícia de Campo Grande, onde ficou resolvido que o grupo criminoso “A Firma ou “Bonde do Tandera” passaria a controlar a região de Queimados, momento em que Gordão, JC, Danilo e Negro passaram a integrar o grupo criminoso.
Todos eles tinham como função precípua o desempenho de atividades relacionadas às cobranças de “taxas” da malta, arrecadando dinheiro de moradores e mototaxistas a pretexto de “taxa de segurança”.
Posteriormente tais valores eram entregues a Shreek e Leite Ninhoque levavam o dinheiro para o quartel general do grupo, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Esses dois últimos tinham como função administrar os negócios da milícia no Município de Queimados/RJ, sempre sob ordens diretas dos líderes da milícia em Campo Grande/RJ.
Os denunciados recebiam de outros integrantes do grupo criminoso os valores oriundos de “taxas de segurança” cobradas de moradores e mototaxistas das comunidades sob domínio da milícia.
Cavanha tinha como função arregimentar novos integrantes para o grupo criminoso.
Carlos Mariano e Heavy Metal ou Danone tinham como função atuar como mecânicos do grupo criminoso, seja consertando, seja adulterando os veículos utilizados pela malta em suas empreitadas criminosas.
Danilo exercia a função de síndico dos condomínios Valdariosa e Sebastião Torres, ambos situados em Queimados e controlados pela quadrilha, o que o levou ao papel de destaque no grupo criminoso.
Em razão desta posição monopolizou, juntamente com outros integrantes da malta, os serviços de energia elétrica e gás, compelindo diversos moradores da região a pagarem quantias a título de “taxa de segurança”.
Além disso, participava da compra e venda de cestas básicas e kits churrasco, atividades monopolizadas pelo grupo criminoso nas comunidades em que exerciam domínio, bem como articulava a prática da agiotagem pela milícia.
Em junho de 2021, foi forçado a renunciar ao posto de síndico, momento em que a Fernanda assumiu a função.
Ela passou a exercer a função de síndica dos condomínios Valdariosa e Sebastião Torres, , coordenando, sobretudo o braço da malta referente a energia elétrica.
Beto e Felipe faziam na função de cobradores, sendo certo que prestam contas aos síndicos.