Veja os acontecimentos que antecederam o assassinato da empregada doméstica Nádia Aparecida Alves Lage, de 49 anos, que foi assassinada a facadas na última sexta-feira, na Praia da Barra da Tijuca.
Os autos trazem o depoimento de uma testemunha presencial do fato que viram o ex-marido de Nádia lhe golpeando e depois fugindo, Ele teve a prisão temporária decretada e está foragido
O casamento de Nádia com Eduardo Henrique Texeira Lage, havia acabado em junho de 2024 devido a ameaças de uma mulher chamada Cleuza, que dizia que ia expôr o relacionamento de Nádia com um homem chamado B., que era o esposo de Cleuza.
Após as ameaças, Nádia registrou queixa contra Cleuza e saiu de casa com medo da reação de Eduardo..
Depois de ouvir boatos de que Náida estaria morando com B., Eduardo ateou fogo nos pertences de Nádia no dia 24JUN2024;. O CBMERJ foi chamado para apagar o incêndio;
Em seguida, Nádia pediu uma medida protetiva contra Eduardo. Ela foi deferida e Eduardo compareceu ao fórum.
Eduardo foi morar com a mãe em Campo Grande,
Na noite do dia 08AGO2024 Nádia estava trabalhando próximo ao posto 1 da Barra;. Ela saiu do serviço as 18h 30min.
A filha do casal disse que recebeu um áudio de seu pai dizendo que tinha matado Nádia e que mataria Benedito. Após receber a gravação, não conseguiu mais falar.
Eduardo também mandou áudio para o marido de uma prima da filha. “Aí Zé, aí, descobriu, viu? não falei?
Eduardo publicou fotos íntimas da vítima e de Benedito pelo aparelho da vítima.
Ela teve acesso ao vídeo onde um homem de camiseta branca e calça jeans foge do local do crime pela areia às 18h 38min. I imediatamente reconheceu o autor como seu pai.
As imagens do quiosque onde o homem de camiseta branca e calça jeans com uma mochila preta e uma mulher chegam à praia às 18h 33min, a filha reconheceu como sendo seus pais, Nádia e Eduardo.
A mochila que é carregada pelo autor quando chega ao local do crime foi entregue à família da vítima no Hospital Municipal Lourenço Jorge; Q
Eduardo tinha o costume de ir buscar Nádia nos endereços onde a vítima prestava serviços quando eram casados. Ele conhecia a rotina da vítima muito bem”.
Uma testemunha presencial disse nque no dia do fato, estava dando aula d quando ouviu gritos e pedidos de socorro;. Percebeu que os gritos vinham da vegetação entre a areia e o calçadão;
Ele caminhou até a vegetação e viu o autor do fato em cima da vítima, precisamente, uma montada de jiu jitsu. Neste momento viu o autor desferir diversas facadas na vítima. Ao cessar o ataque o autor levantou e veio em direção ao declarante, ainda com a faca na mão, e repetiu algumas vezes “ela me traiu”;
Pelo fato de o agressor estar com a faca na mão não tinha condições de impedir o ataque nem a fuga do autor;. Após o ataque o autor sai em fuga em direção à Av. do Pepê, passa em frente ao número 346 da mesma avenida e entra na Rua Airton Pereira…
Ele reconheceu como sendo o autor Eduardo Henrique Teixeira Lage, RG 84169465; que reconhece como sendo autor do crime o indivíduo que aparece em fuga nas imagens coletadas na Rua Airton Pereira nº 117″.
Uma outra testemunha disse que a relação conjugal entre Eduardo e Nádia era bastante tranquila, tornando-se conturbada após o homem desconfiar que a vítima estava tendo uma relação com suposto amante,
Após tomar ciência da relação extraconjugal da vítima ficou bastante transtornado, chegando a queimar as coisas pessoas da vítima em sua própria residência, tendo que vizinhos chamar o Corpo de Bombeiros para conter o fogo;
Que antes do agressor colocar fogo na residência em que residia com a vítima, a mesma temendo pela sua própria vida decidiu sair de casa…
Ao ver o vídeo do autor chegando juntamante com a vítima na areia da praia, próximo a rede de volei, a declarante afirma ser capaz de reconhecer se tratar de Eduardo e Nádia,
Segundo os autos, há fortes indícios de que Eduardo praticou o crime de feminicídio.
Há cópia de mensagens de Whatsapp, em tese, enviadas pelo indiciado para a sua filha contando que acabara de matar a vitima e que mataria em seguida o suposto amante e toda sua família
As ameaças contra o suposto amante foram confirmadas pelo próprio Isso se faz mais evidente até porque o indiciado tinha contato direto com as testemunhas (filha e outros familiares), motivo pelo qual sua soltura pode impor maior temor a estas pessoas.