Segundo denúncias, foram achadas no telefone celular do PM Yuri Luiz Desiderati Ribeiro, preso essa semana saindo com cocaína do Complexo da Penha, fotos do traficante Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, chefão do Comando Vermelho, exibindo joias.
Como foi a prisão
Consta dos autos, os policiais civis encontravam-se na operação desencadeada pela Polícia Civil, no Complexo de favelas da Maré e da Penha, e na Cidade de Deus, momento em que dados de inteligência deram conta de que um caminhão branco, placa BCZ7I96, com certa carga de drogas estaria em fuga do Complexo de Favelas da Penha, por conta da operação policial.
Em razão disso, a equipe policial iniciou buscas nas principais rodovias lindeiras ao Complexo da Penha, quando, de repente, a equipe avistou aquele veículo, decidindo por abordá-lo, na Avenida Brasil, altura da Cidade Alta/RJ.
Durante a abordagem, foram identificados o motorista, e o PM
Em revista ao veículo, os policiais encontraram uma carga de cocaína existente no baú daquele caminhão, totalizando 139.000g de cocaína, cuja quantidade e forma de acondicionamento, bem como as circunstâncias da prisão, revelam que se destinavam ao tráfico de drogas.
Decisão pela preventiva
“Chama a atenção do juízo a extrema gravidade em concreto do delito, a qual decorre da exorbitante quantidade de entorpecente apreendida, a saber, 139kg de cocaína – carga essa – de notório alto valor econômico – que estava sendo supostamente transportada pelo custodiado e seu comparsa na tentativa de fugir da operação desencadeada pela Polícia Civil.
Veja-se que o custodiado é sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, cuja função impõe o zelo máximo em sua atuação, até porque serve de farol a iluminar as condutas de pares e subordinados.
Assim, tenho como necessária a prisão preventiva do custodiado para garantia da ordem pública.
Outrossim, a necessidade de se resguardar a ordem pública decorre do concreto risco de reiteração delitiva, na medida em que as circunstâncias da prisão revelam que o custodiado possui estreito relacionamento com a traficância da localidade.
Portanto, a periculosidade do custodiado, evidenciada na gravidade em concreto do delito e no risco de reiteração delitiva, demonstra a necessidade de se acautelar o meio social, que não pode ser velado, neste momento, por nenhuma outra medida cautelar constritiva de liberdade, nada impedindo, por motivo óbvio, que o Juízo Natural faça nova análise da questão em destaque.
Posto isso, HOMOLOGO a prisão em flagrante do custodiado e a CONVERTO EM PREVENTIVA.
Expeça-se mandado de prisão.