Morto em uma guerra interna entre milicianos, Léo da 12 tinha muita força e poder de engajamento na corporação quando ainda fazia parte dos seus quadros.
Em um julgamento por homicídio na década passada, Léo mobilizou treze policiais militares que chegaram ao fórum armados fora do horário de expediente forense e no horário de início da sessão de julgamento com forte potencial de intimidar o Conselho de Sentença.
Havia ainda no fórum um bombeiro militar que era pai de criação dele e ocupava cargo na Secretaria de Segurança municipal assim como parlamentares municipais, entre eles um primo de Léo.
Relatos indicavam que a família e a milícia de Léo da 12 tinham tentáculos no poder executivo e no poder legislativo de Nova Iguaçu, com grande influência e poder intimidatório entre os cidadãos.
Na época do julgamento em que acabou absolvido, Leo era um cabo da polícia militar que respondia por mais dois homicídios, além de já ter sido condenado por pedir “arrego” (propina) para o tráfico de drogas do “Buraco do Boi”.
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Uma das juradas foi procurada pela milícia para a elaboração de laudo gratuito em seu favor.
A vítima do crime que motivou o julgamento era o proprietário de um simplório estabelecimento comercial e que foi morto em evidente ação de extermínio, com uma quantidade exagerada de disparos de arma de fogo, em ação que contou com cerca de oito homens encapuzados.