Morto hoje no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach trabalhava com imóveis e operações com bitcoins e, após conhecer Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta, membro influente do PCC e envolvido com o tráfico de drogas, passou a fazer investimentos para ele.
Ocorre que Anselmo passou a suspeitar de Vinicius, desconfiando que o empresário estava subtraindo parte dos valores investidos por ele.
Anselmo começou a cobrar Vinicius, exigindo que prestasse contas das operações feitas e dos lucros auferidos.
O empresário conseguiu ocultar suas operações irregulares por algum tempo, até que Anselmo, certo de que estava sendo enganado, exigiu que os acordos de investimentos celebrados entre eles fossem desfeitos, e que o dinheiro investido fosse devolvido.
Antônio Vinicius, para não ter que devolver os valores e revelar as subtrações irregulares, decidiu matar Anselmo e seu motorista. Ele contratou homens para fazer o serviço.
Vinicius também financiou o PCC mediante intermediação da negociação e adoção de expedientes fraudulentos, com o intuito de se ocultar o dinheiro de origem ilícita mediante aporte em rentáveis negócios imobiliários, incrementando o poderio econômico da organização.
Para um membro do PCC, por exemplo, o empresário , intermediou em favor dele a compra de dois imóveis de luxo no condomínio Riviera de São Lourenço, situado no Município de Bertioga (SP), e ajudou a ocultar a origem ilícita do dinheiro e dissimular o verdadeiro titular dos imóveis, indicando seu tio e primo – pessoas de reconhecida incapacidade econômica – para figurarem como compradores na escritura pública em lugar do verdadeiro comprador, vulgo”Django , que também foi vítima de homicídio na Zona Leste de São Paulo.
Vinicius se valeu se valeu de seus familiare para que figurassem na escritura como compradores dos imóveis, dissimulando-se a real propriedade dos imóveis e concorrendo para a ocultação do patrimônio adquirido com dinheiro de origem ilícita.