Em Belford Roxo, os comerciantes pagam taxas à milícia do Babi para se protegerem dos próprios criminosos que exitem a quantia.
Os milicianos passam uma desinformação para os comerciantes. ELes passam uma informação para um [comerciante] falando que é uma taxa de segurança para evitar roubos no local. Outros informaram que é uma contribuição exigida pela milícia para que eles consigam atuar no bairro.
E outros informam que apenas são ameaçados, que se não pagarem vai ter que fechar o comércio porque, entre aspas, quem manda na área são eles.
Os valores oscilam de acordo com a rentabilidade da loja , então eles oscilam de 20 a 60 reais, podendo passar um pouco mais desse valor; a cobrança é feita semanalmente;
Os paramilitares extorquem todos, até os catadores de latinhas; é cobrada pela milícia qualquer atividade comercial que gere algum lucro.
Essa milícia é chefiada por Jefferson da Mata Luquete, conhecido como ‘Kim Aleijado’ ou ‘K10’; o segundo na hierarquia, salvo engano, é ‘Jef Sombra’, Rodrigo Leite; e o terceiro homem ‘Carlinhos’,
O padrão de cobrança é sempre o mesmo: eles iam de moto com camisa preta, boné preto.
A vítima vai até a delegacia para poder registrar denúncia logo depois o comércio tem o assaltado ou o carro é vandalizado, ou a loja é pichada. Por isos, por medo, os comerciantes não vão até a polícia.
A área de cobrança é vasta, o Babi, por exemplo, que é o primeiro ponto de cobrança, até o São Bernardo, que é o último ponto de cobrança, é uma distância considerável, tanto que é feita com uma moto, que é o veículo mais rápido, até mesmo para fugir da viatura policial, na medida em que eles vêem a viatura é o veículo mais fácil de se evadir
Os milicianos recebem de remuneração pagamento quinzenal, de 600 ou 700 reais,
FONTE: Trecho de processo do TJ-RJ disponível no site jurídico Jusbrasil