Um áudio que circula nas redes sociais nesta terça-feira mostra um suposto miliciano da Carobinha, vulgo Gordão, falando para um comparsa dar ‘lanche’ a policiais militares do 40º BPM. Lanche seria propina.
Gordão foi baleado no último sábado junto de uma criança de seis anos em um suposto ataque do CV.
Pega a visão?
Não tem aquele lanche do lado da ponte?
O GAT perguntou se eu podia pegar um lancherinho e falei que podia está ligado?
Alguma coisa tu passa lá e paga para liberar os lanchinhos para eles lá”
“Depois tu vai passar lá e pagar”
“Os caras nunca viram não”
“Os caras do GAT que vão lá do lado da ponte”
“Eu já falei aqui já”
Falei agora eu tinha mais para sair e acertar
“Não precisa dar agora não”
A Favela da Carobinha vive um clima de tensão e instabilidade, com o traficante conhecido como Índio do Jardim Novo (Realengo), determinado a conquistar o controle da área, desafiando a milícia liderada por “Cara de Égua, que é ligado a Zinho.
Desde sua fuga do Complexo de Bangu, Índio tem se estabelecido como uma figura proeminente no tráfico do Jardim Novo, que ganhou de presente da facção (A.D.A), acolhendo moradores que foram expulsos pela milícia.
A atuação de Cara de Égua é marcada por práticas violentas, com relatos de assassinatos e intimidações direcionadas a aqueles que ele considera “x9” – uma gíria utilizada para designar informantes – mesmo que muitos sejam trabalhadores inocentes. A comunidade, assustada, vive sob a constante ameaça de represálias tanto dos traficantes quanto dos milicianos.