Responsável pela fábrica clandestina de armas e munições estourada ontem pela Polícia Civil em Piedade Carlos Renato Fernandes de Freitas tinha outra fábrica localizada nos arredores de Guaratiba que era responsável pelo fornecimento de munições para milicianos e traficantes da Zona Oeste do Rio de Janeiro”.
No endereço, foram encontrados diversos armamentos, centenas de munições, acessórios, bem como uma grande quantidade de insumos para o fabrico de munições, tais como pólvora, pontas, cápsulas, máquinas de recarga etc.
Carlos teria admitido à equipe da Polícia Militar que fabricava munições para vender a terceiros, de forma clandestina, mas que não as vendia diretamente a milicianos”.
Ele afirmou que possuia registro junto ao Exército, como atirador esportivo (CAC), estando todo o material regularizado junto aos órgãos competentes.
Foram apresentados, ainda, os Certificados de Registro das Armas de Fogo (CRAF) e o Certificado de Registro (CR) expedidos pelo Ministério da Defesa.
Ante a impossibilidade de verificação das alegações do suspeito e averiguação da documentação apresentada, a ocorrência foi apresentada à Autoridade Policial, tendo sido determinada a apreensão do material bélico enquanto são verificados os fatos, notadamente ante o grande risco inerente à sua natureza, bem como a gravidade das suspeitas apresentadas”.
Segundo a Justiça,, apesar de o paciente ser CAC e, portanto, possuir a documentação regular do material bélico encontrado em sua residência, fato é que há informações – que constituem a justa causa da ação policial, que recaem sobre a finalidade da atividade de recarga (ou fabrico) das munições, as quais estariam sendo comercializadas com milicianos e traficantes locais”.