Desde 2020, o chefão do tráfico no Complexo da Penha e um dos principais líderes do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou o Urso, se tornou réu em pelo menos 30 processos por homicídio no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Isso não conta os processos que porventura estejam em sigilo e que não aparecem no sistema.
Segundo informações que constam no site do TJ-RJ, ele nunca foi condenado por assassinato. Sete dos processos mais antigos_ dos anos de 2020, 2021 e 2023_ foram arquivados.
Só no ano passado, o TJ-RJ abriu 15 ações contra Doca por homicídios. A sua grande maioria ainda não consta no site os detalhes sobre os casos.
Em uma das ações de 2024, Doca responde pelo homicídio de Pedro Henrique de Almeida Silva, ocorrido em 15/09/2023. São réus também seus comparsas do Morro do Dezoito, em Água Santa, como HO e Piolho. ambos presos.
Há um outro processo em que ele responde junto com o miliciano Nem da Malvina, que não tem os detalhes.
Outro homicídio que Doca responde é de Wagner Santana Vieira, que foi assassinado na comunidade do Quitungo, em Brás de Pina. –
Foi vítima também de Doca e sua quadrilha em ação que tramita no TJ-RJ desde o ano passado Leonardo Isaac da Hora Theodoro Anchieta, vulgo Leozinho, que atuava como radinho da Favela do Quitungo. Foi morto sob alegação de que seu sobrinho seria X9.
O bandido também poderá pagar pelo homicídio de um adolescente que foi sequestrado quando soltava pipa –
Doca ainda é réu em processo que vai julgar os assassinatos de três médicos na Barra da Tijuca em outubro de 2023.
Este ano, já foram dois, incluindo o asssasinato de uma turista baiana que entrou por engano em uma favela da Zona Oeste do Rio.